Resumo O objetivo deste trabalho é apresentar as interpretações do livro Empresário Industrial e Desenvolvimento Econômico, de Fernando Henrique Cardoso, encontradas na literatura sobre empresários no Brasil. Mais especificamente, pretende-se mostrar como os autores que vieram depois de Cardoso leram a atuação política dos empresários industriais em sua obra. O artigo busca oferecer também uma interpretação alternativa da obra do sociólogo uspiano, desenvolvendo o argumento em duas chaves. Por um lado, são questionadas tais leituras sobre o empresariado industrial no Brasil, utilizando a própria obra do autor. Por outro, busca-se esclarecer seu método e a sua incompatibilidade com a leitura proposta por seus críticos. Isso tudo com o fito de mostrar que Cardoso apreendeu as determinações específicas da burguesia nacional e seu comportamento político, sem decalques estrangeiros.
Pretendemos, neste artigo, comparar as obras de Hélio Oiticica e Rubem Valentim, em busca de similitudes e diferenças entre elas. Sugerimos e exploramos, a partir dessa comparação, a ideia de que Valentim seria crítico ao tropicalismo de Oiticica. Ademais, aventamos, tendo em vista os trabalhos de ambos, a existência de dois caminhos para a antropofagia na arte brasileira.
Resumo O presente artigo tem duas intenções principais, a saber: em primeiro lugar, mostrar, contra parte significante da bibliografia, que não foram apenas os tropicalistas que teriam herdado e atualizado o legado antropofágico e, em segundo lugar, que a melhor forma de mapear o legado antropofágico seria a utilização da noção de uso e não de, por assim dizer, hereditariedade ou continuidade. À vista disto, sugerimos que: (a) a noção de uso seria a melhor forma de estudo desta história intelectual; (b) os diferentes usos são condicionados a partir de influxos políticos, materiais e ideológicos distintos, o que leva ao estímulo ou não de certos aspectos de sua produção e (c) seis seriam alguns dos usos por nós cartografados. Outra ideia-força que subjaz de nosso trabalho é a de que a antropofagia é sistematicamente revisitada por formalizar elementos (e efeitos) decisivos da colonização no Brasil.
Resumo A literatura sobre o Tropicalismo nas ciências sociais é numerosa. À vista disso, no balanço bibliográfico que aqui temos em tela, propomos a construção de dois tipos ideais a partir dos quais podem ser organizados os escritos sobre a Tropicália e sugerimos que tais estudos indicam a participação de artistas de diversas searas, embora não apontem com mais profundidade o fundamento que os une, fixando-se preferencialmente nas produções musicais. Ao final, sugerimos que essa ampla literatura pode ser organizada a partir de uma tipologia ideal dupla, a saber: uma corrente que interpreta a Tropicália em chave crítica e negativa, apontando sua integração mercantil e seu caráter politicamente conformista; e uma linha interpretativa que analisa o Tropicalismo como dotado de potencial crítico e explicativo frente à cultura e às relações de dominação internas e externas ao país.
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