Declínio cognitivo e uso de medicamentos na população de idosos institucionalizados de uma cidade do interior de Minas Gerais, Brasil

Abstract

Resumo Introdução Idosos institucionalizados possuem maiores riscos para a prescrição de cinco ou mais medicamentos, ou polifarmácia, e, por consequência, de eventos adversos, por apresentarem problemas de saúde limitantes, fragilidade e baixa funcionalidade. Esse risco é ainda maior quanto maior o declínio cognitivo. Objetivo Determinar a prevalência de declínio cognitivo (DC) e a relação com o uso de medicamentos em idosos institucionalizados. Método Estudo transversal descritivo realizado por análise de prontuários dos idosos institucionalizados portadores ou não de DC, conforme resultados de testes validados. Foram levantados os medicamentos utilizados e os medicamentos potencialmente inadequados (MPI) por meio dos Critérios de Beers (2015). Resultados Foram avaliados 88 idosos, com idade média de 77,6 (9,2) anos. A prevalência de DC foi de 75%, sendo maior no sexo feminino (82,5%, p = 0,01) e em idosos acima de 80 anos (85%, p = 0,04). Antieméticos e inibidores de bomba de prótons foram significativamente mais utilizados nos idosos com DC. A prevalência de polifarmácia foi de 69,3%, e 71 idosos (80,68%) utilizavam pelo menos um MPI, com maior prevalência do uso de MPI na faixa etária de 60 a 79 anos (p = 0,004). Os idosos que utilizavam pelo menos um MPI também usavam maior número de medicamentos (p = 0,014). Conclusão A presença de DC teve relação com a maior utilização de antieméticos e inibidores de bomba de prótons, mas não com o maior uso de MPI. Além disso, foi observada elevada prevalência de polifarmácia e MPI em prescrições dos idosos institucionalizados.

Effects of 12-Weeks of Home-Based Exercise Training on Physical and Cognitive Function of Older Adults: Randomized Trial Comparing Virtual Versus Minimal Supervision in the Context of the Covid-19 Pandemic in Brazil

“…We excluded participants who had signs, symptoms, or health issues that would preclude their participation in home-based exercise, such as unstable coronary heart disease, angina pectoris, uncontrolled hypertension, diabetes, knee osteoarthritis resulting in severe functional impairment. Complementary exclusion criteria included not regularly using medications that could impair functional mobility and cognition (e.g., antiemetics or proton pump inhibitors) ( 16 ) and not achieving a minimum score of 19 points on the remote version of the Montreal Cognitive Assessment (MoCA). ( 17 , 18 )…”

Impactos da polifarmácia na saúde e na qualidade de vida da população idosa

“…Fonte: Elaborada pelos autores a partir de ANDRADE; AYRES; NEVES (2022) Para evidenciar a gravidade da polifarmácia à TI, é possível ressaltar um estudo realizado na cidade de Barbacena, interior de Minas Gerais, em 2022, acerca do uso de medicamentos em idosos institucionalizados, relacionando-o ao declínio cognitivo-funcional dos pacientes. Esse estudo contou com uma população de 88 idosos institucionalizados e, após a combinação de dois testes aplicados, sendo eles, testes MEEM (MiniExame do Estado Mental) e MoCA (Teste Cognitivo de Montreal), foi obtido como resultado que a prevalência de declínio cognitivo-funcional esteve presente em 75% da amostra (GONTIJO et al, 2022).…”

Adesão farmacoterapêutica de idosos institucionalizados: uma revisão integrativa

“…Assim, quando proposto o rompimento de alguns desses padrões, ocorre, mesmo que inconscientemente, a rejeição ao tratamento multidisciplinar (Borba et al, 2018). Havendo a necessidade de mudança na trajetória da terapêutica de modo que reflita diretamente e positivamente na qualidade de vida do idoso (Gontijo et al, 2022;Lopes et al, 2022).…”

“…Já no caso de idosos institucionalizados, requere-se que seus familiares mantenham-se em constante contato com o idoso a fim de instigar e incentivar o idoso a aderir ao tratamento de forma eficaz (Lopes et al, 2022). Tendo essa prática de incentivo aplicada desde o atendimento com a equipe de saúde até os cuidados em sua residência, de modo que o idoso mantenha-se informado da importância da sua cooperação na obtenção do êxito terapêutico (Gontijo et al, 2022).…”