A pandemia da síndrome respiratória aguda grave do coronavírus 2 (SARS-CoV-2), conhecida como COVID-19, já é considerada uma das maiores pandemias da história. Ocasiões como essa provocam disrupções significativas que podem ser temporárias ou permanentes e exigem rápidas adaptações dos negócios já que o consumo além de habitual é contextual. Alimentar-se é essencial, mas o que se considera alimento e o que se deseja (ou se pode) comer não. Depende de escolhas (conscientes e inconscientes) dos consumidores. Tendo em vista esse contexto, essa pesquisa almejou analisar como a pandemia da COVID-19 alterou os hábitos de compra de alimentos em uma cidade de porte médio no Paraná. Para esse fim foi aplicado um questionário online aos residentes de Ponta Grossa. Obteve-se 131 respostas válidas que foram analisadas por meio de estatística descritiva. Como, onde e que alimentos compram os domicílios sofreram alterações. Serviços de entrega e retirada de refeições prontas, bem como o seu preparo no lar sofreram incrementos. Priorizar pequenos empreendimentos locais e lugares onde medidas sanitárias estejam notáveis também passaram a ter mais importância. Já dentre os alimentos consumidos percebeu-se a busca por alimentos frescos e saudáveis em paralelo com doces, bolachas e embutidos. Os resultados apontam que saúde, segurança, solidariedade e compensação podem ser fatores chave para as escolhas alimentares durante e após a pandemia. Esses resultados são de utilidade para empreendedores da área, bem como de outras áreas e coadunam com a literatura internacional especializada com relação a tendências do comportamento do consumidor.