A partir da práxis de pesquisa no campo de estudos de Psicanálise e Educação, em que a negação da dimensão impossível do educar retorna como impotência de saber e fracasso, este artigo põe em suspeição o aparato de gestão e avaliação escolar, o qual fornece suporte ao que se considera uma verdadeira impostura político-pedagógica à moda brasileira: as avaliações educacionais estandardizadas associadas às metas de desempenho e aos dispositivos de responsabilização escolar. A reflexão acerca do “furor avaliativo” remete à denegação simbólica no campo sociopolítico como sintoma social implicado à educação brasileira. A despeito do que se possa pensar o imaginário pedagógico nacional, o “furor avaliativo” se inscreve no registro de uma fantasia de acesso a um gozo sem limites – na medida em que se avalia justamente o que não se ensina –, retrato dessa busca por um gozo desmedido relacionado à “fantasia de Brasil”.