“…Nesse contexto, sugere-se a Etnomatemática por sua compreensão de que os conhecimentos que hoje relacionamos com a matemática "incluem, invariavelmente, em todos os tempos e lugares no mundo, estratégias de observação, de comparação, de classificação, de avaliação, de quantificação, de mensuração, representação, Educação Matemática, porque foram tais perspectivas que pautaram esse debate nas últimas décadas. O mesmo vale para projetos que abordem questões de urgência social ou de reconhecer a matemática como conhecimento humano, sociocultural, pois não há, no documento, quaisquer referências às maneiras como se espera realizar esse trabalho ou às linhas de pesquisa que têm endereçado tais questões no contexto da Educação Matemática(VALLE, 2019). A ausência das perspectivas socioculturais se produz num contexto de negligência em relação à própria diversidade teórica e epistemológica dos debates e das pesquisas sobre educação, sobre currículo, conforme salientam, em nota,ANPEd & ABdC (2015):Registramos, seguidamente, que a diversidade teórica e epistemológica dos debates no campo da educação em geral e do currículo, particularmente nos últimos 40 anos, é desconsiderada no corpus teórico do documento, bem como a pluralidade epistemológica do mundo, e as diferentes formas de compreensão e de ação sobre ele que caracterizam nossa sociedade multicultural e multiétnica.…”