Curadorias Compartilhadas Em Exposições Indígenas: O Caso De “Dja Guata Porã” No Museu De Arte Do Rio

Abstract

O artigo tem por objetivo discutir a curadoria compartilhada de indígenas na construção da exposição “Dja Guata Porã: Rio de Janeiro Indígena”, realizada no Museu de Arte do Rio (MAR) entre os meses de maio de 2017 a março de 2018. Seus autores participaram da exposição na qualidade de pesquisador e curador, respectivamente, acompanhando os processos aqui narrados, as reuniões e os encontros da equipe, formada por técnicos do MAR e convidados externos, entre os quais representantes qualificados de diferentes etnias, que vivenciaram as diferentes etapas de construção da exposição. Puderam assim observar como se articularam as relações interculturais estabelecidas no processo de elaboração da referida mostra e as interlocuções diretas com os indígenas, situando-as aqui de forma sucinta no contexto das propostas sobre as estruturas do trabalho museológico da denominada “Nova Museologia”.

Cadernos de Estudos Culturais

“…Figura 2 -Número de publicações por estado brasileiro Fo nte: autoria própria (2021) Conforme demonstrado anteriormente na Figura 2, das 32 publicações brasileiras, destaca-se que 43,8% foram realizadas na região Sul, estando a maior parte concentrada no estado do Paraná. Na região Sudeste também há intensa atividade de pesquisa referente a esta temática, pois a região concentra 22% das publicações.…”

“…Figura 3 -Número de publicações por área de publicação Fonte: autoria própria (2021) Através da análise dos artigos selecionados, podemos destacar que vários autores registram a presença de benzedores, os mesmos estão espalhados nas mais diversas regiões brasileiras, entre os quais são citados os trabalhos realizados no Nordeste, no interior e litoral paulista, na região Sul e Sudeste brasileira e em algumas localidades do território amazônico.…”

“…Pensar a voz e vez do predito intelectual brasileiro é pensar a arquivivência. Nos recortes anteriores, Bessa-Oliveira (2021) enfatiza a questão dos "velhos" Estudos Comparados, não por veemência arcaica, mas, sobretudo, pela preocupação da forma-maneira de se trabalhar a literatura comparada quepor insistência de muitos críticosparece ainda ser modismo e respeito cultural nada arqueável. Ora, quando decidi passar por Jacque Derrida, moderno por excelência, considerei que sua criticidade, visivelmente freudiana, me levava a pensar algumas questões, porém, reconheço também que Jacques Derrida, bem como Sigmund Freud, não dão conta das demandas contemporâneas em sua integralidade, aliás, o pensamento, antes mesmo de sua conjectura, ou seja, materialização, precisa ser maturado com consciência laboral e responsiva.…”