O objetivo deste artigo é refletir sobre a relação entre as tecnologias digitais e os seus efeitos na constituição do psiquismo. As transformações sociais e o desenvolvimento da tecnologia ampliaram as modalidades do brincar. As telas passaram a ocupar o lugar dos pais, o que tem colaborado para a fragilidade psíquica das crianças e para o aumento de psicopatologias, como atrasos no desenvolvimento da linguagem, dificuldades na socialização, obesidade, depressão, problemas de aprendizagem e dependência. Retomamos os escritos de Freud sobre a importância do brincar na constituição do sujeito, uma vez que, enquanto brinca, a criança elabora os seus conflitos e desenvolve a autonomia e a criatividade.