Culinária afro-brasileira: um sabor possível na Educação de Jovens e Adultos

Abstract

<jats:p>A população negra, maioria na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA), enfrenta importantes barreiras para efetivação de direitos básicos. Dessa forma, considerar o intercruzamento das diretrizes e políticas de educação, saúde, alimentação e relações étnico-raciais é primordial para orientar as práticas educativas no âmbito escolar. O objetivo do estudo foi caracterizar estudantes de uma escola municipal de Macaé quanto a características socioeconômicas e alimentares e apresentar as oficinas de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) direcionadas a esse público. Os estudantes apresentaram majoritariamente idade entre 20 e 59 anos (47,5%), seguido de 10 a 19 anos (46,7%). Cerca de 45% dos estudantes se autodeclarou preto. Observou-se o potencial da EAN para valorizar as refeições escolares e as práticas culinárias para a promoção da alimentação adequada e saudável.</jats:p>

Culinária, histórias e educação popular

“…Além delas, incorpora a participação ativa do Núcleo de Estudos Afrobrasileiro e Indígena da Cidade Universitária de Macaé (Neabi Macaé), entidade interinstitucional que congrega a UFRJ Macaé e a Universidade Federal Fluminense. E, ainda, do desenvolvimento do Projeto de extensão CulinAfro (UFRJ Macaé), cujos desdobramentos sinalizaram importantes lacunas sobre a culinária, as cozinhas e as comidas macaenses nos acervos históricos da cidade, especialmente as que tratam dos elementos identitários e culturais oriundos dos povos africanos (COSTA et al, 2019).…”