Cuidados de Enfermagem prestados à criança portadora de mielomeningocele e suas complicações

Abstract

A Mielomeningocele (MMC) é uma doença congênita caracterizada por um Defeito no Fechamento do Tubo Neural (DFTN). No geral, essa patologia afeta de maneira significativa a vida de seus portadores e de seus familiares, atuando de forma negativa no desenvolvimento psicomotor e também é fator responsável para que o portador adquira outras patologias descritas ao longo do estudo apresentado. As patologias congênitas adquiridas a partir da mielomeningocele são incapacitantes e fatais se não tratadas de forma correta e precoce. Dessa forma, o presente estudo tem o objetivo de analisar a assistência prestada pela equipe de enfermagem à criança portadora de mielomeningocele e suas complicações. Para tal, foi realizada uma reflexão teórica com abordagem qualitativa com base na revisão literária de artigos científicos em bases de dados. Sabe-se que o cuidado pela equipe de enfermagem é integral e tem início na Atenção Primária de Saúde, no entanto, por se tratar de uma gestação de alto risco, a gestante é encaminhada ao atendimento na alta complexidade e novamente a equipe de enfermagem realiza a assistência. Desde a descoberta da gestação à alta hospitalar é a equipe de enfermagem que mantém o maior contato possível com os pacientes e, por isso, se dá a importância de analisar e definir a melhor maneira de se prestar tal cuidado.
 Palavras-chave: Cuidados De Enfermagem; Espinha Bífida; Mielomeningocele; Recém-Nascido.

Cuidados de enfermagem ao recém-nascido com hidrocefalia: Uma revisão da literatura

“…O recém-nascido que acaba de passar por uma cirurgia neurológica necessita de cuidados específicos e intensos, por isso, a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal é o local ideal para que a assistência seja prestada da melhor maneira possível. A equipe de enfermagem exerce um dos papeis mais importantes nesse contexto, pois garante o cuidado integral ao indivíduo ali estabelecido (Vieira et al, 2021).…”

“…Na lactância, antes do fechamento das suturas cranianas, o aumento da cabeça é o sinal predominante, enquanto em lactentes maiores e crianças as lesões responsáveis pela hidrocefalia produzem outros sinais neurológicos através da pressão sobre estruturas adjacentes antes de causarem obstrução ao líquor. O diagnóstico na lactância baseia-se no perímetro cefálico, porém são necessárias outras investigações diagnósticas para localizar a obstrução do líquor (Willians;Wilkins, 2006;Vieira et al, 2021).…”

“…Alguns sinais e sintomas podem ser percebidos na criança com hidrocefalia logo ao nascer, como: aumento do perímetro cefálico, pele espessa e brilhante com boa visualização das veias e fontanelas mais rígidas. Além disso, percebe-se posteriormente a dificuldade na alimentação, vômitos frequentes, (Silva & Maranhão, 2012;Vieira et al, 2021).…”

“…O RN com hidrocefalia necessita de cuidados específicos, que geralmente visam instituir medidas de prevenção de complicações pós-operatórias, cuidados com a pele para prevenção de úlceras por pressão na cabeça, manutenção da hidratação e nutrição, bem como, aplicação de medidas de conforto, por isso é comum presenciar familiares cuidando de suas crianças contando com seus próprios conhecimentos e criatividade. Essas famílias cuidam dessas crianças baseadas em seus conhecimentos empíricos, crenças, costumes e recursos, sendo esses referenciais geralmente adquiridos informalmente, baseados na cultura popular, nem sempre compatíveis com a cultura de cuidado da equipe de saúde (Efing & Daszkoski, 2020;Vieira et al, 2021 ).…”

“…Rony (1993( p. 5) e McCullough (1990) ao descreverem a história da hidrocefalia, relatam que apenas no início do século XX, com o conhecimento da patogênese da doença com os trabalhos de Walter Dany (1946 p. 8), houve progresso considerável na fisiopatogênese da hidrocefalia. Dany e Kenneth Black Fan (1941 p. 9) publicaram, em 1914, uma série de estudos em cães com reprodução de hidrocefalia em diferentes bloqueios artificiais da circulação do liquor, demonstraram como tais bloqueios em diferentes pontos produziam diferentes tipos de hidrocefalia e esclareceram grande parte de hidrocefalia e esclareceram grande parte da fisiopatologia da doença (Vieira et al, 2021).…”