DOI: 10.11606/t.5.2014.tde-02122014-164155
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Cuidado infantil e (não) vacinação no contexto de famílias de camadas médias em São Paulo/SP

Abstract: AgradecimentosNesses quatro anos, muitas pessoas compartilharam, dividiram, acrescentaram, trocaram, apoiaram essa jornada, me ajudando e ensinando mais do que desenvolver uma teste, a crescer e aprender como ser humano. Esses agradecimentos são uma pequena manifestação da minha gratidão e alegria às parcerias acadêmicas, profissionais e da vida, para aqueles que de alguma forma se dedicaram a mim, e fizeram com que eu me sentisse cuidada.Primeiramente agradeço à Profa. Dra. Márcia Thereza Couto Falcão, minha … Show more

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“…Estudos de diferentes origens mostram que algumas dessas dúvidas e crenças estão presentes globalmente, em países diversos, independentemente de sua renda e desenvolvimento, como: dúvidas quanto à real eficácia/eficiência e segurança das vacinas; o questionamento quanto o ganho financeiro e interesse comercial da indústria farmacêutica; a crítica à composição das vacinas e a seu mecanismo de ação; o medo de eventos adversos, até mesmo em longo prazo -como o receio de que as vacinas sejam as responsáveis pelo aumento de doenças autoimunes, por exemplo; a crença de que a imunidade adquirida pela infecção é melhor do que aquela gerada pela vacina; e a crença de que hábitos de vida (como alimentação saudável, por exemplo) são protetores contra doenças e preditores de saúde, dispensando assim a necessidade de prevenção. [5][6][7] No Brasil, observam-se ainda críticas direcionadas ao calendário vacinal brasileiro, seja pela percepção de que o número de vacinas e de doses é excessivo, seja pela crença de que as vacinas são administradas em idade muito precoce. 8 Pode-se dizer, ainda, que as vacinas são vítimas de seu próprio sucesso e atingiram o chamado paradoxo epidemiológico: o controle das doenças imunopreveníveis criou uma sensação de segurança, de que a doença não representa mais um risco ou de que a doença que a vacina protege é leve, aumentando a percepção de que o risco dos eventos adversos das vacinas é maior do que o risco de adoecimento.…”
Section: Hesitação Vacinal: Determinantes E Crençasunclassified
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“…Estudos de diferentes origens mostram que algumas dessas dúvidas e crenças estão presentes globalmente, em países diversos, independentemente de sua renda e desenvolvimento, como: dúvidas quanto à real eficácia/eficiência e segurança das vacinas; o questionamento quanto o ganho financeiro e interesse comercial da indústria farmacêutica; a crítica à composição das vacinas e a seu mecanismo de ação; o medo de eventos adversos, até mesmo em longo prazo -como o receio de que as vacinas sejam as responsáveis pelo aumento de doenças autoimunes, por exemplo; a crença de que a imunidade adquirida pela infecção é melhor do que aquela gerada pela vacina; e a crença de que hábitos de vida (como alimentação saudável, por exemplo) são protetores contra doenças e preditores de saúde, dispensando assim a necessidade de prevenção. [5][6][7] No Brasil, observam-se ainda críticas direcionadas ao calendário vacinal brasileiro, seja pela percepção de que o número de vacinas e de doses é excessivo, seja pela crença de que as vacinas são administradas em idade muito precoce. 8 Pode-se dizer, ainda, que as vacinas são vítimas de seu próprio sucesso e atingiram o chamado paradoxo epidemiológico: o controle das doenças imunopreveníveis criou uma sensação de segurança, de que a doença não representa mais um risco ou de que a doença que a vacina protege é leve, aumentando a percepção de que o risco dos eventos adversos das vacinas é maior do que o risco de adoecimento.…”
Section: Hesitação Vacinal: Determinantes E Crençasunclassified
“…18 Assim, a vacinação tornou-se um tema sem espaço para interlocução, debate ou questionamento, gerando um "vácuo ou abismo dialógico": os pais e mães com dúvidas ou questionamentos encontram esse diálogo com outros pais/mães não vacinadores ou com médicos de racionalidades médicas que contraindicam a vacinação. 6 A partir de então, o espaço de diálogo encontrado no universo da (não) vacinação abre portas para a chamada exposição seletiva: 18 cada vez mais essas pessoas estarão expostas a conteúdos que reforçam a hesitação vacinal, por meio de redes sociais virtuais e até mesmo dos círculos de amizades.…”
Section: Hesitação Vacinal Enquanto Fenômeno Social E Específico Ao C...unclassified
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“…Discorrer sobre as concepções em torno da vacina, a quem pretendeu atingir (no caso, proteger, se usarmos o termo difundido pela campanha); saber como mães e pais estavam se posicionando frente a ela; e mais, como as próprias meninas estavam compreendendo seus corpos entre um "sim" e um "não" à vacina foram algumas questões trabalhadas na pesquisa. Essa vacina chama a atenção por suscitar problemáticas diferentes do que, até o momento, tem sido pesquisado sobre o fenômeno do vacinar-se, como, por exemplo, a forte negação que a vacina recebeu nos EUA (WAILOO et al, 2010); a medicalização intensa dos corpos femininos (ROHDEN, 2003); o teor heteronormativo da vacina HPV (GRAHAM; MISHRA, 2011;; o perigo biológico da vacina em si, como a paralisia das pernas; além do ganho financeiro e do interesse comercial das indústrias farmacêuticas (BARBIERI; COUTO, 2015). Encontra-se, assim, a vacinação no coração das relações de poder e de autoridade entre o Estado, a ciência e os cidadãos (MOULIN, 2003), em particular, agora, frente aos corpos femininos e jovens da periferia urbana.…”
Section: Encontrando Um Tema De Pesquisa Sobre Saúdeunclassified