de viventes" 1 exige análises capazes de acompanhar suas dinâmicas, seus conflitos, seus fluxos de ordens e resistências.Elegendo como foco privilegiado de análise as tramas das periferias urbanas, este trabalho busca discutir a dinâmica de produção de alianças e rupturas que caracteriza as relações entre mediadores imbuídos de projetos, ora convergentes, ora divergentes, de gestão de territórios e populações das periferias do Rio de Janeiro. Tem-se como pressuposto, nesta discussão, a compreensão de que são variadas as formas de atuação e presença do estado 2 em suas margens (Das e Poole, 2004) e que tais atuação e presença operam sempre a partir da relação com atores sociais que se inscrevem em territórios específicos, e os disputam. Essas relações dão forma a dispositivos que, tal como definidos por Foucault (1984) e discutidos por Agamben (2005), demarcam conjuntos heterogêneos de práticas, discursos, instituições, leis, medidas administrativas, proposições morais e enunciados científicos que têm por função responder a uma urgência.Esta dimensão de "urgência" inscreve os dispositivos no tempo. Sua condição é, portanto, a efemeridade. Se, por um lado, há uma ininterrupta