Criticar para construir alternativas: Isabel Ferin fala a Jorge Kanehide Ijuim

Abstract

é uma personagem conhecida no cenário da pesquisa em Jornalismo no Brasil e em Portugal. Licenciada em História pela Universidade Clássica de Lisboa (1974), tornou-se mestre e doutora pela Escola de Comunicações e Artes (ECA), da Universidade de São Paulo (1984 e 1988). Seu pós-doutoramento foi realizado no Centre Nacional de Recherche Scientifique, em Paris (1991). Há mais de 30 anos na docência e na pesquisa, desde 2006 é professora associada [no Brasil equivalente à livredocência] do Instituto de Estudos Jornalísticos da Universidade de Coimbra. A trajetória de Isabel Ferin é marcada por seus exaustivos e detidos trabalhos no campo de Crítica de Mídia, sempre tratando do diálogo entre a cultura portuguesa e as outras culturas-interculturalidade. Para a pesquisadora, "a análise dos media é um exercício teórico-empírico que tem como objetivo desenvolver uma consciência cívica profissional e competências de explicitação de conteúdos, com vista a construir alternativas". Além do forte traço de seus esforços na área de Mídia e Migrações, a investigadora lançou seu olhar sobre a Ficção Televisiva, uma vez que considera um produto cultural de alta relevância para a compreensão de identidades. A terceira frente de estudos, inevitavelmente, abarca as Metodologias da Comunicação, um background que proporciona acurácia e segurança a suas observações. Coordenou pesquisas 454 Foto: acervo pessoal

Práticas de leitura de gêneros jornalísticos no Ensino Médio: uma perspectiva Educomunicativa Decolonial

“…A respeito do trabalho com o jornal escolar, Ijuim (2002) destaca a amplitude desta estratégia, considerando-a mais do que uma simples ferramenta de ensino, e pontua: "o jornal escolar é um veículo rico nos processos de relacionamento humano, na medida em que pode transcender a eficiência e a eficácia sonhada pela Modernidade, para constituir-se em vivências para o ser humano" (Ijuim, 2002, p.38), ou seja, superando as noções de produtividade da lógica capitalista, o processo de criação de um Jornal Escolar pode colaborar para a humanização dos/as estudantes.…”