Critérios para decanulação da traqueostomia: revisão de literatura

Abstract

RESUMO Objetivo Realizar um levantamento bibliográfico a respeito da decanulação da traqueostomia para verificar os fatores e protocolos utilizados em estudos internacionais. Estratégia de pesquisa Estudo de revisão de literatura utilizando a base de dados PubMed com os descritores em língua inglesa “Tracheostomy”, “Weaning”, “Decannulation”, “Removal tube”, “Speech, Language and Hearing Sciences”, “Intensive Care Units”, “Dysphagia”, “Swallowing”, “Deglutition” e “Deglutition Disorders”. Critérios de seleção Estudos publicados nos últimos cinco anos (2012 a 2017), com população acima de 18 anos de idade; pesquisas realizadas somente com seres humanos; artigos publicados em língua inglesa; artigos com acesso completo irrestrito; pesquisas relacionadas aos objetivos do estudo. Análise dos dados foram analisados quanto aos seguintes itens: caracterização da amostra; profissionais envolvidos no processo da decanulação; etapas do processo de decanulação; tempo total em dias de uso da traqueostomia; tempo total em dias para concluir processo de decanulação; fatores de insucesso para conclusão do processo de decanulação. Resultados A maior parte da população estudada foi do gênero masculino e com alterações neurológicas. Dos profissionais envolvidos no processo de decanulação, participaram em ordem decrescente médicos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e enfermeiros. As etapas da decanulação mais citadas foram: avaliação da deglutição; treino de oclusão; avaliação da permeabilidade de passagem do ar; habilidade de manipulação de secreção e troca de cânula; desinsuflação do cuff e treino de tosse; uso de válvula de fala. Além disso, obtiveram-se dados a respeito do tempo total de traqueostomia e de decanulação. Conclusão A presença do fonoaudiólogo é extremamente importante no processo de decanulação, visto que a avaliação da deglutição foi a etapa mais citada nos estudos, sendo esse trabalho realizado em conjunto com médicos e fisioterapeutas.

Aleitamento materno na experiência de mães de crianças traqueostomizadas e o uso da válvula Passy-Muir®

“…In addition, there is a significant improvement in swallowing due to the restoration of subglottic pressure; the positive increase in pharyngeal sensitization reducing the risk of penetration of food into the lower airways; in addition to the fact that it favors ventilation and oxygenation, it helps in the early weaning process of mechanical ventilation and increases the chances of decannulation of the tracheostomized patient. 2 A number of studies show that the use of the valve favors the communication of the tracheostomized person, an important factor for them and their family, as well as it excludes the need for digital occlusion for oral communication, reduces secretions, prevents risks of infections, and improves the senses of smell and taste. 14,15 Infants tracheostomized and in use of the Passy-Muir ® valve are part of the group of Children with Special Health Needs (CRIANES) because they demand habitual modified care measures in addition to those of others in the same age group, and are dependent on technology.…”

“…1 Although necessary in some health conditions, tracheostomy can lead to changes in the physiological process of swallowing and, in infants, it compromises breastfeeding. 2 Constant care for these children and families requires resistance, compassion and understanding. In this sense, children and families require appropriate referral to support services, as they have unique and complex care needs.…”

Manejo fonoaudiológico do paciente traqueostomizado no contexto da Covid-19: uma revisão do conhecimento atual

“…Quanto ao manejo clínico e fonoaudiológico da traqueostomia, a não indicação de cânula fenestrada, a manutenção do cuff insuflado, a troca da cânula ou decanulação após teste de COVID-19 negativo e a avaliação clínica da deglutição foram pontos em comum entre os estudos. A literatura aponta que os critérios para decanulação compreendem habilidade em tolerar o cuff desinsuflado por 24h e a oclusão da traqueostomia, além de tosse eficaz, com capacidade de eliminação da secreção pela boca, vias aéreas superiores íntegras, capacidade de deglutir, ausência de suporte de oxigênio, saturação acima de 90%, respiração inferior a 20 ciclos/minuto, além de avaliação do nível de consciência do paciente 5 . Os estudos desta revisão também reforçam a necessidade da participação do fonoaudiólogo na decanulação do paciente traqueostomizado.…”

“…Frente à necessidade de suporte ventilatório prolongado, situação comum para indicação de traqueostomia, pode ser observado aumento na demanda pelo procedimento 4 . Sabe-se que os benefícios da traqueostomia incluem a capacidade de desmame da sedação, redução gradual do suporte ventilatório e higiene brônquica, melhora na comunicação, redução do espaço morto, além de redução de complicações a longo prazo, como formação de granuloma das pregas vocais e estenose e cicatrizes 5 .…”

Intubation-Related Laryngeal Pathology Precluding Tracheostomy Decannulation: Incidence and Associated Risk Factors

“…Numerous studies have aimed to describe decannulation protocols, including procedures for cuff deflation, downsizing tracheostomy tubes, occlusion testing, cough training, speaking valve use, swallowing assessments, endoscopic airway evaluations, and tomography. 9 The American Academy of Otolaryngology—Head and Neck Surgery (AAO–HNS) published a clinical consensus guideline describing 6 points to assess prior to decannulation. These include resolution or significant improvement of disease necessitating tracheostomy, toleration of tracheostomy occlusion, fiberoptic laryngoscopy confirming patency of the glottis and subglottis, ability to protect the lower airway, effective cough with tracheostomy occlusion, and completion of any procedures requiring endotracheal anesthesia.…”