“…Observa-se que esses mesmos bairros que apresentavam altas taxas de homicídio em 2000, continuam apresentando no presente, sendo, por isso mesmo, o foco das políticas de segurança e de prevenção da violência, como no domínio dos programas Estado Presente e Ocupação Social (SEAE, 2019;IJNS, 2015IJNS, , 2017. Zanotelli et al (2006) argumentam que mesmo que certas condições socioeconômicas possam ser, de modo parcial, explicativas e coincidirem em certos lugares com os homicídios na Grande Vitória, não é o sujeito considerado pobre que é o autor tipo do delito ou a pobreza ou o morador do bairro, mas alguns sujeitos (morando ou não nos bairros) que cometem os crimes graves no cotidiano. Nessa mesma ordem de ideias, Harding (2010) diz que embora fatores estruturais sejam importantes para compreendermos a incidência de violência, especificamente a que envolve tiroteios, lesões e mortes, alguns pesquisadores observam que uma pequena minoria de indivíduos, geralmente jovens, comete a maioria dos atos considerados violentos.…”