Este estudo pretende promover a dialética sobre o fenômeno das migrações no Brasil e como o ensino de sociologia pode contribuir para a real valorização e emancipação do migrante. Percebe-se que majorante dos trabalhos sobre esses coletivos não contemplou questões voltadas sobre as formas de integração sociocultural das crianças e adolescentes no âmbito escolar do país. O percurso metodológico do presente trabalho desenvolveu-se por meio de pesquisa bibliográfica, conjugada a análise de dados do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas- IPEA (2015), bem como do censo escolar do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira- INEP, entre os anos de 2010 a 2019, realizado pelo Observatório das Migrações Internacionais-OBMIGRA (2020). Buscou-se, levantar dados sobre migração contemporânea no Brasil, correlacionar informações sobre os principais desafios enfrentados por este público no país e o seu atual contexto no cenário educacional brasileiro. Os resultados demonstram que 34,8% das crianças imigrantes no Ensino Infantil frequentavam creches e cerca de ⅔ delas estavam na pré-escola. Destaca-se, ainda, que países como Venezuela e Haiti responderam por 31,1% dos estudantes migrantes matriculados no Ensino Fundamental em 2019. Constata-se, que 27,6% dos alunos imigrantes no Ensino Médio, apresentavam faixa etária ≥ a 18 anos de idade e entre os jovens estudantes haitianos (61%) existiram altas taxas de defasagem escolar no país. Considera-se, que a disciplina de sociologia pode contribuir para a integração e valorização sociocultural das crianças e adolescentes imigrantes no Brasil.