Crianças, infância e escolarização: tessituras na transição da educação infantil para o ensino fundamental de nove anos

Abstract

O presente artigo busca compreender as concepções de crianças, infância e escolarização dos praticantes dos cotidianos (professores com formação em Educação Física, professora regente com formação em Pedagogia e coordenador de turno com formação em Educação Física da EMEF "Espírito Santo"). Para tanto, caracterizou-se como um estudo de caso etnográfico e utilizou, como fontes, narrativas produzidas por meio de registros de campo, entrevista e grupos de conversa. Os dados evidenciam a criação de estratégias para incorporar nas crianças culturas escolares. Esse caminho é produzido pelas experiências dos autores cotidianos em produzir momentos que articulem as práticas culturais das crianças com as intencionalidades do Ensino Fundamental de nove anos.

As Práticas Avaliativas Na Formação Inicial: O Que Dizem Os Relatórios De Estágio?

“…A forma como o conhecimento é produzido nesse contexto é marcado pela complexidade 1 (CERTEAU, 1994), uma vez que o discente em estágio é confrontado com as tensões do cotidiano escolar (BARCELOS; SANTOS; FERREIRA NETO, 2015;2017;LANO, 2019;SANTOS, 2005;SANTOS et al, 2019) e, no processo de envolvimento com o contexto de atuação, precisa mobilizar os consumos 2 (CERTEAU, 1994) Assim, defendemos uma prática avaliativa capaz de gerar um juízo de valor consciente, por meio de instrumentos que permitam ver aquilo que o aluno faz com o que aprende (SANTOS, et al, 2019), enriquecendo as aprendizagens de professores e crianças de maneira colaborativa. A reprodução da escrita, a seguir, do registro de uma prática avaliativa de um plano de aula evidenciamos o uso (CERTEAU, 1994) do observação.…”

Infância, Educação Física E Escolarização: Tensões Cotidianas

“…As práticas observadas evidenciam os diferentes usos (CERTEAU, 2014) do material escolar, em um movimento de ressignificação do sentido pedagógico para o lúdico, articulando as necessidades das crianças com as possibilidades de atingi-las, camuflando suas ações nas sombras do trabalho pedagógico. A apropriação da cultura escolar ocorre paulatinamente, entre os espaços produzidos pelas crianças entre o trabalho pedagógico e as demandas infantis (BARCELOS; SANTOS; FERREIRA NETO, 2015).…”

Espaços E Tempos Escolares Dedicado Ao Movimento Na Educação Infantil

“…Mas, como fundamentar uma perspectiva de atuação docente que considere as crianças como sujeitos de direitos (Sarmento, 2011) e produtoras de culturas escolares e infantis Santos;Ferreira Neto, 2015;2017; sem a infraestrutura que permita a professores e crianças criar esses espaços e tempos no contexto escolar?…”