“…Experiências internacionais, como no Reino Unido, destacaram inovações do processo de trabalho dos médicos de APS, que apontam para um "reequilíbrio dos modelos psicossocial, biomédico e de saúde pública da clínica geral", evidenciado no maior envolvimento desses profissionais em atividades de planejamento de saúde da população, redesenho de trajetórias clínicas, priorização de recursos segundo necessidades, utilização de recursos comunitários e preparação para emergências. (MARSHALL et al, 2020) O amplo espectro de ações que se somaram às atividades corriqueiras desenvolvidas pelas equipes de APS têm trazido enormes desafios e exigido, dadas as características peculiares da doença e de seu agente causador, uma grande mudança no modus operandi das equipes, cuja reorganização do processo de trabalho tem implicado na redistribuição de tarefas e atividades entre os membros das equipes, na reestruturação do espaço físico e fluxos de atendimento (CHAMBOREDO; RAMAN; COLSON, 2020;GREENHALGH;KOH;CAR, 2020;RAZAI et al, 2020) e na incorporação e utilização de TICs que têm apoiado o desenvolvimento de um vasto número de atividades na APS: educativas e de produção de informação, apoio social e vínculo com as comunidades (CARDONA JÚNIOR; ANDRADE; CALDAS, 2020; SILVEIRA; ZONTA, 2020), de vigilância epidemiológica (GREENHALGH; KOH; CAR, 2020), de monitoramento e atendimento aos pacientes. (CHAMBOREDON; RAMAN; COLSON, 2020; GREENHALGH; KOH; CAR, 2020)…”