Profissionais de Enfermagem na UTI e seu protagonismo na pandemia: Legados da Covid-19

Abstract

OBJETIVO: Analisar a atuação dos profissionais de enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva, considerando seu protagonismo no atendimento aos pacientes com COVID-19 e os legados dessa pandemia até o momento. MÉTODO: Revisão sistemática com base no protocolo Preferred Reporting Itens for Systematic Reviews and Meta-Analysis. Foram consideradas publicações em português, inglês e espanhol dos últimos dois anos (2019-2020) indexados na Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde do Brasil, na PubMed, Cochrane Central e Web Of Science. RESULTADOS: Foram selecionados 14 artigos para a análise dos dados. A atuação do profissional de enfermagem no combate ao COVID-19 é consenso em diferentes países, sendo destacada sua atuação como linha de frente e as necessidades de adaptação a um contexto inédito, lidando com o desconhecido e com pesquisas frequentes que apontavam novas descobertas. Como implicações futuras frente à atual pandemia verificou-se fatores como maior valorização dos profissionais de enfermagem, inclusive com uso de profissionais intensivistas e anestesistas, diversificação das formas de comunicação, melhor autogerenciamento e gerenciamento das equipes e o teleatendimento em cuidados de enfermagem. CONCLUSÃO: A pandemia trazida pela COVID-19 evidenciou o protagonismo dos enfermeiros. Com as mudanças e adaptações exigindo novos protocolos e formas de atendimento, podendo ser considerados como legados.

Saúde Mental Dos Profissionais De Enfermagem Na Pandemia Da Covid-19 E Estratégias De Enfrentamento

“…Frente a situação pandêmica, os profissionais de enfermagem se destacaram pela brava atuação nos diferentes serviços de saúde. Ser um profissional de enfermagem e estar na linha de frente foi viver com total atenção e apreensão, exigindo que fossem além dos seus limites e buscassem em seu interior forças para superar este período (RIBEIRO et al, 2021).…”

“…Um estudo realizado no Brasil, com profissionais de enfermagem durante a pandemia, identificou que 39,6% apresentaram sintomas de ansiedade moderadamente severa ou severa, sendo os fatores associados a essa condição: ser pardo, trabalhar em vínculo empregatício privado ou ter vínculo público e privado, ter sintomas de síndrome de burnout, ser profissional de serviços sem estrutura para a pandemia (SANTOS et al, 2021).…”

“…Os autores concluíram ainda que 38% da amostra apresentava sintomas de depressão moderadamente severa ou severa. Esse resultado foi associado ao sexo feminino, renda mensal de três a quatro salários-mínimos, morar com pais e irmãos, atuar apenas em serviços privados, ter se afastado do serviço ou função alterada em decorrência da pandemia, ter sintomas de síndrome de burnout e ser profissional de serviços sem estrutura para pandemia (SANTOS et al, 2021).…”

“…Assim, a exaustão física dos profissionais de enfermagem foi um fator contribuinte a síndrome de burnout LIU et al, 2020;SANTOS et al, 2021;HOSEINABADI et al, 2020) que é definida como um distúrbio emocional que apresenta como principais sintomas a exaustão extrema, estresse e esgotamento físico, os quais são resultados de situações de trabalho desgastante e excesso de trabalho. Essa síndrome é comum em profissionais que atuam diariamente sobre pressão e que apresentam grandes responsabilidades, como enfermeiros, médicos, professores, dentre outros (BRASIL, 2022).…”

Desafios na práxis do enfermeiro de unidade de terapia intensiva durante a pandemia por Covid-19

“…A prática do enfermeiro em tais unidades foi fundamental no cuidado a pacientes em estado crítico infectados pelo vírus. Na UTI, os enfermeiros tiveram que assistir condições clínicas complexas que necessitaram de cuidados intensivos, além de fornecer suporte emocional e apoio aos pacientes e suas famílias, uma vez que precisaram lidar com situações de extrema vulnerabilidade e estresse [6][7] .…”