Inúmeros são os desafios ligados a aplicação prática do que fora aprendido em salas de aula por muitos profissionais. Cada vez mais, sociólogos e antropólogos deixam o privilegiado espaço de reflexão e crítica das universidades para adentrarem um terreno minado de poderes: o das políticas públicas. A partir da experiência vivida pelas autoras como consultora e coordenadora da equipe de trabalho social do Projeto de Revitalização do Arroio Barnabé (PAC Barnabé) buscamos dar ênfase a alguns aspectos ligados diretamente à esse “novo” encontro. Esse projeto foi financiado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal. Nesse artigo, situamos nossa experiência na execução do PAC Barnabé em referência à três tensões: o tempo e a política interna às politicas públicas e o fazer antropológico. Embora, na nossa experiência no do PAC Barnabé esses aspectos estivessem interligados, acreditamos que mesmo isoladamente eles façam parte da prática de antropólogos e cientistas sociais inseridos no campo das políticas públicas. Nosso objetivo é problematizar o lugar para o qual que os antropólogos são chamados a ocupar enquanto executores de políticas públicas.