RESUMOObjetivo:Avaliar a relação custo-efetividade dos análogos das prostaglandinas para o tratamento do glaucoma e da hipertensão ocular no estado de Minas Gerais, Brasil. Métodos: Este estudo transversal avaliou o custo (preço máximo ao consumidor) das diferentes apresentações dos análogos de prostaglandinas (bimatoprosta, latanoprosta, travoprosta) em relação à sua efetividade na redução da pressão intra-ocular. Para cada uma das medicações, calculou-se o custo mensal, anual e em 5 anos para se obter uma redução percentual de 1% e 20% na pressão intra-ocular (PIO), assim como o custo mensal, anual e em 5 anos para se obter uma redução de 1 mmHg e 8 mmHg a partir da PIO inicial.Resultados: O custo mensal para se obter uma redução de 1% e 20% da PIO foi, respectivamente, de R$ 1,35 e R$ 27,00 para a bimatoprosta 5 ml, R$ 1,50 e R$ 30,00 para a bimatoprosta 3 ml, R$ 1,53 e R$ 30,60 para a travoprosta e R$ 2,22 e R$ 44,40 para a latanoprosta. O custo mensal máximo para uma redução de 1 e 8 mmHg da PIO foi, respectivamente, de R$ 6,01 e R$ 48,08 para a bimatoprosta 5 ml, de R$ 6,67 e R$ 53,36 para a travoprosta, de R$ 6,70 e R$ 53,60 para a bimatoprosta 3 ml e de R$ 9,83 e R$ 78,64 para a latanoprosta.Conclusão:A medicação mais custoefetividade foi a bimatoprosta, na apresentação de 5 ml. Aquela que se mostrou com a mais baixa relação custo-efetividade foi a latanoprosta.A travoprosta e a bimatoprosta na apresentação de 3 ml apresentaram resultados semelhantes, ficando em posição intermediária entre as demais.Descritores: Glaucoma/quimioterapia; Pressão intra-ocular/quimioterapia; Prostaglandinas sintéticas/economia; Custos de medicamentos; Avaliação de custoefetividade; Custos e análise de custos; Brasil