O seguinte trabalho retoma uma discussão crítica e decolonial, dentro de uma leitura antropológica interpretativista, das primeiras edições do Salão Arte Pará (1982-1997), evento competitivo de artes visuais que ocorre na cidade de Belém, Estado do Pará. Desse modo, foi analisada a base conceitual inicial do evento e como se deu seu desenvolvimento e maturação, para refletir acerca do poder discursivo de circuitos expositivos de teor intercultural para uma região Amazônica. Buscamos conversar, principalmente, com escritos de Clifford Geertz e de Walter Mignolo, atravessados por outros focos de pensamentos advindos da orientação pós-colonial/decolonial, com ênfase em autores como, Inge Valencia, Adolfo Albán, Nestor Garcia Canclini, João de Jesus Paes Loureiro e Osmar Pinheiro Jr. Com o intuito de expor um olhar mais crítico sobre nosso presente assimétrico, esta pesquisa, parte de análises de uma pesquisa de doutorado, visa a conferir novas dimensões à dinâmica geral da experiência humana.