Continuing Education and Humanization in the Transformation of Primary Health Care Practices

Abstract

Objetivou-se avaliar os processos de organização e implantação da humanização segundo a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde na Atenção Básica. Realizou-se pesquisa com abordagem qualitativa, na perspectiva avaliativa ancorada na teoria da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, desenvolvida com 53 trabalhadores de unidades básicas de saúde de um município do estado do Paraná. Os dados foram coletados por meio de grupos focais e transcritos na íntegra. Os resultados foram apresentados em três matrizes avaliativas que evidenciaram a implantação e organização da humanização conduzida por práticas de educação permanente em saúde, destacando-se a gestão, as práticas coletivas e a academia como impulsionadores desse processo. As Políticas de Educação Permanente e de Humanização têm influenciado de forma positiva os processos de trabalho das equipes de saúde na atenção básica, no sentido de transformação de práticas e saberes. Palavras-chave: Educação Continuada; Humanização da Assistência; Atenção Primária à Saúde. ABSTR ACT The objective was to evaluate the processes of organization and implementation of humanization according to the National Policy of Continuing Education in Primary Health Care. Qualitative research was carried out in an evaluative perspective anchored in the National Policy of Continuing Education in Health developed with 53 workers from primary health care units of a municipality in the state of Paraná. Data were collected through focal groups and transcribed verbatim. The results were presented in three evaluative matrices that evidenced the implantation and organization of humanization conducted by continuing health education practices, emphasizing management, collective practices, and the academy as drivers of this process. The Policies of Continuing Education and Humanization have positively influenced the work processes of health teams in primary care, in the sense of transforming practices and knowledge.

A importância da integração da medicina preventiva às práticas de promoção da saúde

“…2º A Atenção Básica é o conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária. 12 Já o nível secundário de atenção à saúde pressupõe a existência de um período de detecção precoce da doença; assim, possui o objetivo de realizar diagnóstico e tratamento adequados, de modo a evitar que a enfermidade fosse descoberta mais tardiamente e consequentemente, com um pior prognóstico. Dessa forma, o segundo nível de atenção à saúde refere-se ao período pré-patogênico, antecedendo a instalação da doença; difere-se do nível primário pois a finalidade é o combate a uma enfermidade específica.…”

“…Também conhecida como de média complexidade, os serviços são prestados em ambulatórios e hospitais e envolvem o atendimento com médicos especializados, de acordo com a demanda; por exemplo: pediatras, cardiologistas, neurologistas, psiquiatras, ginecologistas, oftalmologistas, dermatologistas, dentre outros. 12 As práticas de promoção à saúde no nível terciário têm como objetivo a interrupção de um processo patológico, mas principalmente, a prevenção da incapacidade total, ou seja, visa oferecer tratamento para o indivíduo ocupar uma posição útil na sociedade. Esta reabilitação envolve níveis físicos, mentais e sociais e fundamenta-se no tratamento médico além da patologia.…”

Estratificação da vulnerabilidade familiar: Percepções de equipes de Estratégia Saúde da Família

“…Ressalta-se ainda, que E13 enfatiza a importância de haver, na equipe, profissionais capacitados na aplicação da ERF-CS e a maneira que isso pode promover melhorias para o processo de estratificação foco desta pesquisa. De acordo com Lopes et al (2019) e Ferreira et al (2019, as práticas coletivas tornam-se espaços propícios para desenvolver habilidades e competências por meio das reuniões, dos apoios mútuos, das trocas de experiências entre grupos e nos momentos de estudo em equipe. Nesse sentido, um clima organizacional favorável parece associado com equipes mais coesas, requerendo investimento.…”

Inovações no cotidiano da saúde na Amazônia: encontros do trabalho com a educação permanente e a humanização

“…Assim, a PNEPS e a PNH compartilham a mesma intencionalidade de transformação de práticas, uma vez que ambas buscam o aprimoramento dos processos de trabalho a partir do protagonismo dos trabalhadores, gestores e usuários do SUS que estão diretamente implicados no processo de produção de saúde. Essas políticas, portanto, se complementam, pois enquanto a PNEPS busca o aprimoramento na formação e no desenvolvimento dos trabalhadores da saúde para que estes atuem de forma efetiva no sistema público de saúde, a PNH define diretrizes, dispositivos e ferramentas para dar operacionalidade às práticas humanizadoras que compõem esse processo (LOPES et al, 2019).…”