“…Para os/as pesquisadores/as, em nosso país, essa construção começa a ser esboçada a partir dos anos 2000 com proposições para o enfrentamento das desigualdades históricas de acesso dos/as candidatos/as às universidades públicas, levando em conta suas condições de classe, de raça e de etnia. Medeiros (2009), ao realizar uma análise sociológica do processo jurídico e político das ações afirmativas no contexto brasileiro, apontam-nos alguns marcos que singularizam essa construção quando comparada com outros contextos internacionais. Nesse processo, destaca-se a participação contundente dos movimentos sociais, especialmente do movimento negro que, durante o percurso de elaboração e aprovação, trouxe o debate sobre democracia racial e igualdade racial na leitura das desigualdades na sociedade brasileira.…”