Consumo de alimentos ultraprocessados e obesidade abdominal em adolescentes universitários

Abstract

Objetivo: Avaliar a presença de obesidade abdominal e o consumo de alimentos ultraprocessados (AU) em adolescentes universitários. Métodos: Estudo com abordagem quantitativa, de corte transversal, realizado com adolescentes em Parnaíba-PI. Ocorreu aplicação de questionários para obtenção de dados socioeconômicos e aplicação do recordatório de 24h para obter dados do consumo alimentar. A avaliação antropométrica utilizou os parâmetros: peso, estatura, circunferência da cintura e IMC/Idade. A classificação de AU utilizou o Guia Alimentar para a População Brasileira e os dados foram avaliados pelo software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 21.0. Resultados: 221 adolescentes participaram do estudo e tinham idade média (DP) de 18,3±0,7 anos e 18,2 ±0,7 para o sexo masculino e feminino. O excesso de peso esteve presente em 19% e 11% dos meninos e meninas enquanto a obesidade abdominal em 18% dos adolescentes do sexo masculino e 8% do sexo feminino. O percentual de contribuição dos AU foi maior na ingestão energética, carboidratos, sódio, gorduras totais e saturada. Conclusão: Adolescentes com obesidade abdominal consumiram mais AU com um maior percentual de contribuição proveniente das gorduras totais e saturadas. É importante que outros estudos sejam realizados para investigar a obesidade abdominal e sua relação com o consumo de AU para favorecer a elaboração de estratégias específicas e eficazes.

Relação entre imagem corporal e estado nutricional de universitários

“…Estudo realizado na Universidade Federal do Piauí, verificou que, dos 221 entrevistados com idade média de 18,3 anos (DP = 0,7), a obesidade abdominal esteve presente em 18% dos homens e 8% das mulheres. Notou-se que as médias de peso, altura e perímetro da cintura foram significativamente maiores no sexo masculino, entretanto, não foi encontrada diferenças estatísticas nas médias de IMC por sexo (Oliveira et al, 2019). Outros aspectos inerentes à vida acadêmica, como o estresse e hábitos alimentares não saudáveis são influenciadores do estado nutricional (Oliveira, Santos, Nascimento, & Santos, 2017), impactando o desenvolvimento de uma imagem corporal saudável, que é fundamental para o bem-estar social, emocional e físico dos indivíduos (Florencio et al, 2016).…”

Influência do consumo alimentar na prevalência de sobrepeso na sociedade

“…A avaliação das associações entre o consumo de alimentos ultraprocessados e a obesidade é limitada, usando dados de estudos de coorte prospectivos. A exemplo um estudo com 8.451 graduados universitários na Espanha descobriu que o maior consumo de alimentos ultraprocessados estava associado a maior risco de desenvolver sobrepeso e obesidade em 9 anos de acompanhamento (Mendonça et al, 2016;Bortoline et al, 2019;Oliveira et al, 2019).…”