“…Na tradição portuguesa formaram-se umas concepções e atitudes à língua, importantíssimas para a nossa ciência, inclusive a concepção da gramática universal, que se cristalizou na obra de Amaro de Roboredo, em primeiro lugar, no seu Methodo grammatical para todas as línguas, que antecipou mais de 40 anos a gramática de Port Royal (ASSUNÇÃO, FERNANDES, 2007;KOSSÁRIK, 2002;LEITE, 2011;SCHÄFER-PRIEß, 2000). A historiografia linguística tem prestado muita atenção à formação das ideias de gramática universal, porém não só a ideia do caráter universal do sistema linguístico deve chamar a atenção do investigador, pelo que neste artigo não tocamos especialmente as questões da descrição de sistemas gramaticais de várias línguas ou a problemática da língua universal (analisámos estes temas em KOSSARIK, 1990KOSSARIK, , 1997KOSSARIK, , 2001KOSSARIK, 1 , 2002KOSSARIK, 2 , 2003, além das investigações publicadas na Rússia).…”