Conhecimento do Enfermeiro Obstetra no cuidado ao recém-nascido em Centros de Parto Normal

Abstract

Objetivo: Analisar o conhecimento dos enfermeiros quanto aos cuidados imediatos e mediatos prestados ao recém-nascido nos Centros de Parto Normal (CNP) na cidade de Manaus-AM. Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, exploratório, realizado com 11 enfermeiros que atuavam no centro de Parto Normal Intra-hospitalar, localizada na Zona Leste da cidade de Manaus-Am, no período de julho a setembro de 2017. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados um roteiro de entrevista semiestruturado dividido em duas etapas. Na primeira etapa as informações diziam respeito as variáveis sexo, idade, tempo de formação e atuação. Já na 2ª etapa realizou-se as perguntas abertas voltadas ao conhecimento do enfermeiro sobre os cuidados imediatos e mediatos ofertados ao recém-nascido. Realizou-se análise estatística descritiva através do RStudio com os dados da primeira etapa e análise de temática referente as perguntas abertas da segunda etapa. Resultados: Os discursos revelaram a percepção dos enfermeiros sobre os cuidados ao RN no parto e nascimento, rotinas e práticas de cuidados, e importância de capacitações voltada às ações de cuidados imediatos e mediatos ao recém-nascido sejam realizadas com maior frequência pelos enfermeiros do CPN para que situações de risco sejam minimizados nessa fase. Considerações Finais: Este estudo possibilitou analisar o conhecimento do enfermeiro obstetra relacionado os cuidados de enfermagem ao recém-nascido no Centro de Parto Normal, ocasionando uma reflexão sobre a visão desse profissional quanto à assistência ao parto e nascimento.

Assistência à mulher no parto normal hospitalar na perspectiva da enfermagem: uma revisão integrativa

“…Em relação às novas práticas na assistência obstétrica e práticas inadequadas e/ou prejudiciais, o Ministério da Saúde vem instigando mudanças na cena hospitalar com adoção de medidas e procedimentos sabidamente benéficos para o acompanhamento do parto e nascimento, evitando práticas intervencionistas desnecessárias que, embora tradicionalmente realizadas, não beneficiam a mulher nem o RN e que ainda podem acarretar riscos para ambos (Brasil, 2017;Cavalcante et al, 2021;Pereira, et al, 2021;Correia et al, 2022).…”

“…Assim, é preciso garantir acesso à informação correta e em linguagem adequada, qualidade da assistência à mulher no pré-natal, parto e puerpério. A voz ativa da mulher e a família, também favorecem mudanças na assistência ao parto, empoderando a mulher a saber quais são as práticas seguras para o seu atendimento, bem como as desnecessárias que ela possa ter informação, e ter papel ativo no cenário do parto, bem como o apoio contínuo do acompanhante como meio de alivio da ansiedade, sendo este também método de alivio da dor (Matão et al, 2016;Paulo et al, 2021;Pereira et al, 2021;Vilela et al, 2021). O parto tem, no seu acontecimento, relação com aspectos fisiológicos, psicológicos, sociais, pois é vivido de acordo com a cultura a qual a mulher está inserida, e este evento natural veio se transformando com o passar dos anos, pois ao longo dos anos o parto deixou de ser o processo fisiológico e passou a ser patológico.…”

“…Este pode ser marcado por experiências positivas e negativas que serão lembradas por toda a vida. O processo de parto e nascimento, para os profissionais que prestam assistência à mulher e ao recém-nascido (RN), pode ser mais um atendimento, mas independentemente do número de filhos, o nascimento será único e especial (Zanatta et al, 2017;Pereira et al, 2021;Morgueti et al, 2022). O modelo de assistência obstétrica no Brasil é caracterizado por excesso de intervenção do parto, o que tem contribuído para o aumento de taxas de cesáreas e a morbimortalidade materna e perinatal.…”