Conhecimento de Universitários da Área da Saúde sobre o Câncer de Cavidade Oral

Abstract

Introdução: O câncer de cabeça e pescoço engloba um grupo heterogêneo de neoplasias malignas originadas na cavidade oral, faringe, laringe, seios paranasais, cavidade nasal, glândulas salivares e tireoide. Objetivo: Este estudo buscou avaliar o conhecimento dos universitários da área da saúde sobre o câncer de cavidade oral. Método: Estudo do tipo epidemiológico, transversal, descritivo, quali-quantitativo com amostra não probabilística de conveniência. Os universitários receberam, via formulário on-line, um questionário com 24 questões aplicadas que abordavam os fatores de risco, sintomatologia, aspectos clínicos, autoexame, prevenção e tratamento. Resultados: Participaram do estudo 110 universitários da área da saúde (58 = primeiro ano e 52 = último ano), distribuídos nos cursos de fisioterapia, odontologia, psicologia, educação física, enfermagem, medicina e nutrição. Em relação à média de acertos dos questionários, os universitários do primeiro ano obtiveram 77,65% (±21,09) de acertos, e os universitários do último ano, 82,37% (±19,88). As questões que obtiveram menores taxas de acertos foram as relacionadas à incidência do câncer de boca no Brasil; 43 (39%) acertaram e 52 (47,3%) dos universitários desconhecem a idade em que maioria dos casos são diagnosticados. Conclusão: Apesar de o câncer de cavidade oral ser crescente, formas de prevenção e diagnóstico precoce reservam maiores chances de cura. A partir deste estudo, pôde-se concluir que os universitários dos cursos da área da saúde, principalmente do último ano, parecem estar aptos a informar à população a respeito do câncer de cavidade oral.

Compreensão dos acadêmicos de odontologia sobre o câncer bucal: análise do conhecimento dos estudantes do curso de odontologia do Centro Universitário Maurício de Nassau

“…O Câncer de boca é considerado como um dos maiores problemas de saúde pública mundial (Oliveira & Gonzaga, 2020;Ganzer et al, 2019;Bastos et al, 2017). E, sua prevenção está relacionada ao nível de conhecimento e a capacidade de diagnóstico precoce por parte dos estudantes e profissionais de odontologia.…”

“…A prevenção primária e o diagnóstico precoce são considerados os principais fatores de influência no prognóstico de pacientes com câncer oral, sendo a melhor forma de reverter esse quadro. Uma vez que, quanto mais precoce for o diagnóstico, maior será a chance de efetuar um tratamento eficaz (Pereira & Mota, 2017;Ganzer et al, 2019). Diminuindo as taxas de morbidade, mortalidade e mutilação, além de aumentar a qualidade de vida e reduzir os custos do tratamento.…”

“…Neste sentido, é necessário um desempenho mais eficaz, por parte dos cirurgião-dentista e acadêmicos, acerca da atenção e orientação integral na prevenção e na detecção precoce das lesões orais potencialmente malignas e lesões malignas (Silva et al, 2019). Dessa forma, a escassez na formação profissional ou na educação continuada dos profissionais de odontologia tem contribuído fortemente para o diagnóstico tardio do câncer oral, expondo a necessidade de reforçar a formação acadêmica para a atuação nessas neoplasias (Ganzer et al, 2019).…”