No princípio: os afetos. Não há nada melhor do que começar o texto por aqui. Ao longo de todo o caminho, diga-se quatro anos (uma sensação de que foram longos e, ao mesmo tempo, curtos, talvez fuja de qualquer cronologia pontual), houve um instável rebuliço de novidades, dúvidas, ambições, conquistas. Estas se deram, principalmente, pela minha necessidade de tecer parceiras.Entendi que "o pensar" só se torna mais potente, ou até possível, quando se faz associações entre pessoas e suas ideias.Quem é o sujeito da pesquisa? Como ele se auto finaliza a partir de suas hesitações? Não é fácil fazer um doutorado, principalmente, quando o nível de auto-exigência é bastante alto. Escrever uma carta de agradecimentos é também se colocar como um ser humano que também faz pesquisa e se mantém em contato direto com a vida.Tão trabalhada como conceito ao longo do texto, é preciso perguntar o que, então, significa propriamente a vida. Qual é seu teor? Sua natureza? Para mim, trata-se de "uma nova concepção de vida", uma vontade de potência, tal como afirma Nietzsche. Vontade no sentido de um impulso ou uma tendência, e potência, por sua vez, no mesmo campo semântico que produzir, criar ou formar.A minha experiência passou a ser critério de avaliação porque permitiu dar sentido a elementos antes não observados. Assim, foram mobilizadas forças criadoras advindas de meus processos de aprendizagem, de afetos e de perceptos.Neste doutorado, fui feliz a cada processo e a cada encontro. Teci muitas amizades, que de um modo ou de outro, contribuíram para que as minhas ideias pudessem nascer e ganhar corpo.Aos meus pais Vênus e Evandro, em primeiro lugar, por me ensinarem valores como responsabilidade e ética, por estimularem minha liberdade e o impulso pela criatividade.Ao Samir, pelo cuidado, amor e oportunidade de me fazer sonhar.Às minhas irmãs Christiane, Keyfanne e irmão Evandro, pelo respeito e solidariedade. À minha orientadora Silviane, pelas perguntas desafiadoras e pela alegria.Ao meu orientador do período sanduíche, Pedro Paulo, pelo acolhimento, inteligência e parceria.Aos grupos de pesquisa do GPPCult da UnB e GrupoPPPos da UFRJ, pelas trocas de ideias.Às/aos amigas/os (pesquisadoras/es) que me acompanharam nessa jornada de me tornar