O objetivo do artigo é refletir, a partir do pensamento de Jürgen Habermas, a gestão social como perspectiva para a formulação de uma administração educacional crítica. Parte-se da premissa de que o processo educacional inerente à escola é distinto da produção de bens e da prestação de serviços, conforme a lógica do mercado. A instituição escolar é espaço social de formação humana em todas as suas dimensões possíveis, indo além de conteúdos curriculares que podem ser transmitidos, apreendidos, mensurados e administrados. A gestão social educacional contempla a necessidade de uma compreensão ampliada da educação, pois esta envolve aspectos culturais e simbólicos, estéticos, emocionais, morais, políticos e econômicos. O conceito de gestão social, fundado na teoria do agir comunicativo e na política deliberativa de Habermas, apresenta-se como alternativa à administração tradicional. Ao se colocar o foco da análise na Educação Profissional, vislumbram-se possibilidades em se pensar uma concepção de administração educacional capaz de proporcionar uma formação plena, de sujeitos autônomos e emancipados, preparados para a vida e para o trabalho, aptos ao exercício de disposição técnica, mas também de ação política esclarecida. Por esta orientação apresenta-se uma agenda de pesquisa sobre as teorias e práticas de gestão nas instituições escolares.