Composição lignocelulósica e isótopica da vegetação e da matéria orgânica do solo de uma turfeira tropical: II - substâncias húmicas e processos de humificação

Silva, Alexandre Christófaro; Silva, Vinícius Evangelista; Silva, Bárbara Pereira Christófaro; Camargo, Plínio Barbosa de; Pereira, R. B.; Barral, Uidemar Morais; Botelho, Ana Maria Martins; Vidal‐Torrado, Pablo

doi:10.1590/s0100-06832013000100014

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“…O predomínio de plantas com ciclos fotossintéticos CAM e C 3 (Tabela 1) demonstraram a colonização da SdEM por espécies como bromélias, cactos e algumas euphorbiaceae, típicas de campo rupestre e por árvores e arbustos, ao longo transição Pleistoceno-Holoceno. Silva et al (2013aSilva et al ( , 2013b, analisando a com-posição isotópica de uma turfeira da SdEM, não encontraram, em nenhum estágio da formação desses pedoambientes, o predomínio de espécies de ciclo fotossintético C 4 . Esses resultados corroboram com os obtidos por Zinck et al (2011) em estudos realizados em turfeiras na Venezuela, que encontraram valores de δ 13 C entre -23,4 e -27,3 ‰ e idades radiocarbônicas entre 6.435 e 200 anos A.P.…”

Section: Discussão Superfícies Geomórfi Cas E Gênese De Turfeiras Na unclassified

“…Analisando-se em conjunto os teores de δ 13 C e as idades radiocarbonicas entre e dentro das turfeiras (Tabela 1) pode-se inferir que aquelas que tiveram sua formação iniciada no Pleistoceno apresentam evidencias de mudanças na composição fl orística de sua cobertura vegetal e aquelas com gênese iniciada no Holoceno não apresentam estas evidencias, corroborando os resultados obtidos por Campos et al (2010), Horak et.al. (2011 e Silva et al (2013aSilva et al ( , 2013b.…”

Section: Discussão Superfícies Geomórfi Cas E Gênese De Turfeiras Na unclassified

“…Quanto à evolução geodinâmica do Espinhaço, uma sucessão de eventos denudacionais e deposicionais compartimentou o relevo da serra e formou 5 níveis de aplainamento entre 1000 e 1800 m de altitude (SAADI e VALADÃO, 1987), correlacionados respectivamente com as Superfícies de Aplainamento Gondwana e Pós--Gondwana, Sul Americana, Paraguaçu e Velhas, propostas por King (1956). Nesses níveis de aplainamento são encontradas as turfeiras, formadas pelo acúmulo em sucessão de restos vegetais, em locais que apresentam condições que inibem a atividade de microrganismos decompositores, como excesso de umidade, baixo pH, escassez de oxigênio e nutrientes e temperaturas amenas (PONTEVEDRA-POMBAL e MARTINEZ-- CORTIZAS, 2004;SILVA et al, 2013aSILVA et al, , 2013b, onde a matéria orgânica é humifi cada e muito lentamente mineralizada. A matéria vegetal vai perdendo gradativamente a estrutura primária, originando produtos residuais que reagem novamente e se polimerizam (processos biogeoquímicos), formando compostos de estruturas complexas, com o enriquecimento contínuo de carbono fi xo (PEREIRA et al, 2005).…”

Section: Introductionunclassified

“…Além de serem relevantes sumidouros de carbono e reservatórios de água, as turfeiras também se destacam como testemunhos de mudanças paleoambientais (BEHLING, 1995;SHOTYK et al, 1997;PONTEVEDRA-POMBAL e MARTINEZ CORTI-ZAS, 2004;SILVA et al, 2009aSILVA et al, , 2009bCAMPOS, 2009;CAMPOS et al, 2010CAMPOS et al, , 2011CAMPOS et al, , 2012HORAK, 2009;HORAK et. al., 2011;SILVA et al, 2013aSILVA et al, , 2013bSILVA et al, , 2013cHORAK-TERRA et. al., 2014, 2015, registrando indícios de alterações paleovegetacionais e paleoclimáticas durante o Quaternário.…”

Section: Introductionunclassified

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Gênese E Evolução De Turfeiras Nas Superfícies Geomórficas Da Serra Do Espinhaço Meridional – Mg

Silva

2017

Rev. Bras. Geomorfol.

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A Serra do Espinhaço Meridional – SdEM possui litologias predominantemente quartzíticas e é caracterizada por apresentar áreas dissecadas entremeadas a superfícies de aplainamento em diferentes altitudes, onde, nas depressões, ocorrem as turfeiras. Essas superfícies de aplainamentos são resultado de uma sucessão de eventos denudacionais e deposicionais que compartimentou o relevo, ao longo da evolução geodinâmica da Serra. O objetivo desse trabalho foi mapear as turfeiras da porção setentrional da serra e discutir a gênese e evolução desses pedoambientes nas superfícies geomórficas da Serra do Espinhaço Meridional. A determinação da área e mapeamento das turfeiras foi realizada por meio de trabalhos de campo, análises de imagens e de fotografias aéreas. Com o auxílio do vibro-testemunhador coletou-se testemunhos em oito turfeiras. Amostras para datações e caracterização do ciclo fotossintético da cobertura vegetal que colonizou cronologicamente as áreas foram coletadas em diferentes profundidades, para determinação dos isótopos de carbono (δ13C e 14C). A porção norte da SdEM ocupa uma área de 1.180.109,00 ha, onde foram mapeados 14.287,55 ha de turfeiras, o que representa 1,2% da área total. Nas turfeiras predominam os estágios de decomposição avançado (sáprico), seguido do intermediário (hêmico). Quatro níveis de superfícies geomórficas foram identificados em toda a extensão da SdEM: Superfície I (S1), Superfície II (S2), Superfície III (S3) e Superfície IV (S4). Considerando a altimetria como principal fator, a S1 foi cronocorrelacionada com a Superfície Pós-Gondwana e a S2 cronocorrelacionou-se com a Superfície Sul-Americana. A Superfície III (S3) teve correspondência com a Superfície Sul-Americana I e a Superfície IV (S4), por sua vez, com a Superfície Sul-Americana II. A maioria das turfeiras, desenvolvidas no Quaternário, entre o Pleistoceno e Holoceno, se formaram sobre a Superfície Pós-Gondwana (S1) e na Superfície Sul-Americana (S2), em níveis altimétricos que variam entre 1.100 a 1.400 m. O predomínio de plantas com ciclos fotossintéticos CAM e C3 demonstraram a colonização da SdEM por espécies como bromélia, cactos e algumas euphorbiaceae, típicos de campo rupestre e por árvores e arbustos, ao longo da transição Pleistoceno-Holoceno, reflexos de mudanças ambientais locais e regionais ocorridas no Quaternário, possivelmente associadas a paleoclimas.

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Gênese E Evolução De Turfeiras Nas Superfícies Geomórficas Da Serra Do Espinhaço Meridional – Mg

Silva

2017

Rev. Bras. Geomorfol.

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“…The H/C ratio is considered as the aromaticity index and the O/C ratio estimates the abundance of oxygen contained in functional groups. The C/N ratio indicates the degree of incorporation of nitrogen in HS, the degree of humification and the recalcitrant behavior (Silva et al, 2013).…”

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Spectroscopic and elementary characterization of humic substances in organic substrates

et al. 2018

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The humic substances, major constituents of the organic matter of the substrates, play an important role in plant development, including: the availability of nutrients, the generation of negative charges (CEC) and the buffering effect. Based on this, this study aimed to use the molecular absorption spectroscopy in the ultraviolet-visible region (UV-VIS), the vibrational spectroscopy Fourier transform infrared (FTIR) and the elementary analysis CHN/O techniques to characterize the humic acid (HA) and fulvic acid (FA) fractions of the humic substances of five organic substrates, named as T1, T2, T3, T4, and T5, which were produced at the Federal University of Tocantins – Campus Gurupi. The molecular absorption spectra in UV-VIS and FTIR on the T1, T2, T3, T4 and T5 substrates showed humification, the formation of negative charges, which is related to the cation exchange capacity (CEC) and the complexation of metal ions that are considered nutrients. The biggest humification was shown for the T4 substrate, in function of its higher cabon-acid humic/carbon-acid fulvic ratio and the lower C/N ratio, allied to a negative charge generation, the low E4/E6 ratio found in the humic acid fraction. The complexation of metal nutrient ions indicates the greatest potencial of its use for seedlings production and the conservation of the chemical and physical properties of the organic substrate.

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Paleoenvironmental dynamics in central‐eastern Brazil during the last 23 000 years: tropical peatland record in the Cerrado biome

Costa

Luz

Horák‐Terra

et al. 2022

J Quaternary Science

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The Cerrado biome is the second largest in Brazil, but the evolution of the Cerrado during the late Quaternary is not yet fully known. This study identifies paleoenvironmental changes during the last 23 000 years, based on a tropical mountain peatland record, in the Serra do Espinhaço Meridional in central-eastern Brazil. A multi-proxy approach was used that involved palynological analysis, stable isotopes (δ 13 C, δ 15 N), geochemistry, radiocarbon dating and multivariate statistics derived from a peatland core from Rio Preto (Minas Gerais state). The study reveals a very humid and cold climate during the late Pleistocene, with an increase in temperature and decrease in humidity at the Pleistocene-Holocene transition. During this period there was strong instability in the landscape (episodes of erosion). At the beginning of the Holocene there was a reduction in humidity with greater landscape stability. The current sub-humid climatic conditions seem to have been established in the mid-/late Holocene, with periods of landscape instability. Our findings agree with other Cerrado records that contradict previously established hypotheses, such as the Amazonian Refuge and the Pleistocene Arc.

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Composição lignocelulósica e isótopica da vegetação e da matéria orgânica do solo de uma turfeira tropical: II - substâncias húmicas e processos de humificação

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Gênese E Evolução De Turfeiras Nas Superfícies Geomórficas Da Serra Do Espinhaço Meridional – Mg

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