Abstract:A competitividade ganhou o lugar de destaque nos debates sobre política industrial dos anos 80 e 90. Este artigo retoma a discussão sobre o conceito de competitividade, aplicando-o a sistemas agroindustriais. São discutidos os pressupostos necessários para estender o conceito da firma para sistemas e suas limitações. Sistemas agroindustriais são definidos como nexos de contratos que viabilizam as estratégias adotadas pelos diferentes agentes econômicos envolvidos nas várias dimensões do agronegócio. A abordage… Show more
“…Considerada um braço teórico da NEI, a Economia de Custos de Transação (ECT) assume um viés microanalítico, que toma como foco os atributos da transação e não somente sua descrição (FARINA, 1999;SILVEIRA, 2014). A Figura 1 apresenta os três níveis de análise propostos pela ECT, sendo os modos de governança as soluções econômicas para a redução dos custos de transação, dado um determinado ambiente institucional e as particularidades do indivíduo (agente econômico).…”
Section: Nova Economia Institucional E a Economia Dos Custos De Tran-unclassified
“…Para Farina (1999) e Bueno (2004b) custos de transação são ineficiências de governança, seja na elaboração, monitoramento, fiscalização ou adaptação dos contratos. A fim de corrigir os entraves dentro dos contratos, Williamson (1985) considera de suma importância orientar-se a três atributos em uma transação: i) frequência; ii) incerteza; iii) especificidade de ativos.…”
Section: Figura 1 Três Níveis Da Economia De Custos De Transaçãounclassified
“…A fim de corrigir os entraves dentro dos contratos, Williamson (1985) considera de suma importância orientar-se a três atributos em uma transação: i) frequência; ii) incerteza; iii) especificidade de ativos. Farina (1999) conceitua o primeiro por meio da própria semântica já inserida na palavra, ou seja, recorrência da transação. No segundo, tomam-se como as lacunas não previsíveis de um contrato.…”
Section: Figura 1 Três Níveis Da Economia De Custos De Transaçãounclassified
RESUMO:Este trabalho tem como objetivo geral analisar o padrão da transação entre sojicultores sul-mato-grossenses e a Monsanto e, especificamente, i) identificar variáveis-chave da transação; ii) caracterizar os arranjos institucionais; iii) compreender a natureza dos conflitos na transação; e iv) caracterizar os determinantes de geração de valor na transação. Foram aplicados questionários semiestruturados em uma amostra de 25 sojicultores sul-mato-grossenses. Utilizou-se, como base teórica, a visão sistêmica de agronegócio, bem como a Nova Economia Institucional (NEI) e a Economia dos Custos de Transação (ECT). Constatou-se, como resultados parciais, que a Monsanto possui elementos que permitem uma coordenação extramercado, por meio de contratos na modalidade instrumentos de incentivo (benefícios) e controle (aparato legal e sistemas de cobrança -"moega"). Emergiuse como principal fonte de conflito a transparência do sistema de controle e do uso de sementes salvas. Avaliou-se como "média" a geração de valor para os produtores quanto ao uso da tecnologia, por conta de: i) estabilidade da produtividade; ii) pouca redução de custos de produção; iii) dependência de um único princípio ativo (glyphosate) que acarretou resistência de plantas daninhas; e iv) dependência de armazenamento do produto em armazéns privados ou de cooperativas (com vistas à necessidade de segregação do produto final). Por fim, notou-se a necessidade de um aprimoramento no sistema de controle e cobrança da Monsanto diante da utilização da nova geração Soja Intacta RR2 Pro®, bem como uma ação pública ou privada necessária para monitoramento do uso de sementes salvas e transparência no atual instrumento de controle.
“…Considerada um braço teórico da NEI, a Economia de Custos de Transação (ECT) assume um viés microanalítico, que toma como foco os atributos da transação e não somente sua descrição (FARINA, 1999;SILVEIRA, 2014). A Figura 1 apresenta os três níveis de análise propostos pela ECT, sendo os modos de governança as soluções econômicas para a redução dos custos de transação, dado um determinado ambiente institucional e as particularidades do indivíduo (agente econômico).…”
Section: Nova Economia Institucional E a Economia Dos Custos De Tran-unclassified
“…Para Farina (1999) e Bueno (2004b) custos de transação são ineficiências de governança, seja na elaboração, monitoramento, fiscalização ou adaptação dos contratos. A fim de corrigir os entraves dentro dos contratos, Williamson (1985) considera de suma importância orientar-se a três atributos em uma transação: i) frequência; ii) incerteza; iii) especificidade de ativos.…”
Section: Figura 1 Três Níveis Da Economia De Custos De Transaçãounclassified
“…A fim de corrigir os entraves dentro dos contratos, Williamson (1985) considera de suma importância orientar-se a três atributos em uma transação: i) frequência; ii) incerteza; iii) especificidade de ativos. Farina (1999) conceitua o primeiro por meio da própria semântica já inserida na palavra, ou seja, recorrência da transação. No segundo, tomam-se como as lacunas não previsíveis de um contrato.…”
Section: Figura 1 Três Níveis Da Economia De Custos De Transaçãounclassified
RESUMO:Este trabalho tem como objetivo geral analisar o padrão da transação entre sojicultores sul-mato-grossenses e a Monsanto e, especificamente, i) identificar variáveis-chave da transação; ii) caracterizar os arranjos institucionais; iii) compreender a natureza dos conflitos na transação; e iv) caracterizar os determinantes de geração de valor na transação. Foram aplicados questionários semiestruturados em uma amostra de 25 sojicultores sul-mato-grossenses. Utilizou-se, como base teórica, a visão sistêmica de agronegócio, bem como a Nova Economia Institucional (NEI) e a Economia dos Custos de Transação (ECT). Constatou-se, como resultados parciais, que a Monsanto possui elementos que permitem uma coordenação extramercado, por meio de contratos na modalidade instrumentos de incentivo (benefícios) e controle (aparato legal e sistemas de cobrança -"moega"). Emergiuse como principal fonte de conflito a transparência do sistema de controle e do uso de sementes salvas. Avaliou-se como "média" a geração de valor para os produtores quanto ao uso da tecnologia, por conta de: i) estabilidade da produtividade; ii) pouca redução de custos de produção; iii) dependência de um único princípio ativo (glyphosate) que acarretou resistência de plantas daninhas; e iv) dependência de armazenamento do produto em armazéns privados ou de cooperativas (com vistas à necessidade de segregação do produto final). Por fim, notou-se a necessidade de um aprimoramento no sistema de controle e cobrança da Monsanto diante da utilização da nova geração Soja Intacta RR2 Pro®, bem como uma ação pública ou privada necessária para monitoramento do uso de sementes salvas e transparência no atual instrumento de controle.
“…A opção de adotar estes modelos se torna importante uma vez que o CSA está direcionado para uma visão macro do sistema, enquanto o SCM está mais voltado para os instrumentos de coordenação executados pelos atores sociais pertencentes ao sistema, quais sejam, as empresas privadas. Farina (1999)…”
Section: Competitividade Em Sistemas Agroindustriaisunclassified
1Artigo submetido em dezembro/2012 e aceito em fevereiro/2014
RESUMOEste artigo faz parte de um estudo maior no qual se procurou entender como uma estratégia ambiental pode contribuir para a competitividade da empresa e para a sustentabilidade do município em que a mesma desenvolve a atividade empresarial. Para entender de forma alargada essas relações, partindo do pressuposto que os stakeholders são importantes para o sucesso da empresa no longo prazo, este artigo tem por objetivo compreender a contribuição de alguns stakeholders nas estratégias ambientais para a sustentabilidade do município e competitividade de empresa do setor sucroalcooleiro no estado da Paraíba. A pesquisa foi realizada por meio de um estudo de caso em que foram entrevistados stakeholders que poderiam contribuir de alguma forma para entender as relações entre as variáveis da pesquisa. Constatou-se que os stakeholders percebem de forma diferenciada a contribuição da estratégia ambiental para a sustentabilidade do município e competitividade da empresa. As conclusões do estudo apontam que a interação da empresa com stakeholders que impactam em suas atividades possibilitará um fluxo de informações contínuo que poderá contribuir para uma estratégia ambiental inserida no contexto das demandas desses atores sociais com possibilidades de ganhos para o binômio competitividade/sustentabilidade.
PALAVRAS-CHAVE:Stakeholders, Estratégia Ambiental, Interação.
PERCEPTION OF STAKEHOLDERS ABOUT THE CONTRIBUTION OF THE ENVIRONMENTAL STRATEGIES FOR SUSTAINABILITY OF THE CITY AND COMPETITIVENESS OF THE COMPANY: A CASE STUDY ABOUT A COMPANY IN THE SUGAR CANE INDUSTRY IN THE STATE OF PARAÍBA ABSTRACTThis paper is part of a larger study where we tried to understand how an environmental strategy can contribute to the company's competitiveness and sustainability of the municipality where it develops entrepreneurial activity. To understand these relationships so extended and based on the assumption that stakeholders are important to the success of the company in the long run, it was necessary to understand the perception of some stakeholders about the contribution of environmental strategies for sustainable municipality it and competitiveness of the company sugar and ethanol industry in the state of Paraiba, which is the main objective of this article. The research was conducted through a case study in which we interviewed stakeholders who could contribute in some way to understand and the relationships between the variables of the research. It was found that stakeholders perceive differently the contribution of environmental strategy for sustainable municipality and competitiveness. Apprehends that the company's interaction with stakeholders that impact their activities enable a continuous flow of information that could contribute to an environmental strategy into the context of the demands of these social actors with opportunities to gain the binomial competitiveness/sustainability.
“…Para Farina et al (1999) A disputa por terras é outra variável determinante para a localização da indústria. Uma demanda elevada por terras deveria refletir no seu preço, encarecendo os custos de produção.…”
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