Competências São Importantes Para Agentes De Viagem? Um Estudo Exploratório Em Agências De Porto Alegre

Abstract

O presente artigo busca compreender quais são as principais competências necessárias a profissionais atuantes na área de vendas das agências de viagens localizadas em Porto Alegre/RS. Para tanto, realizou-se uma pesquisa de natureza quantitativa, utilizando uma survey para coleta de dados. Dentre as cento e oitenta agências de viagens existentes em Porto Alegre/RS, foram recebidos 69 questionários respondidos. Para analisar os dados foram utilizadas a estatística descritiva, a análise fatorial, a correlação, o teste T e a Anova, conforme a natureza dos dados. Apesar de o construto utilizado na pesquisa apontar três dimensões para analisar as competências – Conhecimentos, Habilidades e Atitudes –, o estudo apontou cinco dimensões: Habilidade, Qualificação Técnica, Conhecimento Tácito, Atitude e Conectividade. Os resultados evidenciaram, também, que a formação do profissional é baseada na escolaridade, mas as suas vivências pessoais tornam cada profissional único. Os resultados apresentados mostram que o fator Habilidade é considerado o mais relevante sob o ponto de vista dos gestores.

Competências necessárias aos profissionais do mercado hoteleiro sob a ótica de atores sociais do turismo de São Luís do Maranhão

“…As habilidades de "vendas" e "atendimento ao cliente" foram apontadas, do mesmo modo, como importantes e ratificam o necessário conhecimento sobre ferramentas de marketing indicado por Leal (2004). Compreender, na prática, como realizar vendas foi percebido como relevante, não apenas no mercado de agências de viagem (Santos & Santos, 2018) Quanto às atitudes, houve mais menções ao "ser hospitaleiro", resultado esperado e confirmado em estudos sobre o setor hoteleiro, haja vista que a hospitalidade é um aspecto essencial no suporte aos visitantes, compreendida, inclusive, como um recurso estratégico capaz de gerar vantagem competitiva aos negócios (Andrade & Polo, 2018). A "empatia" surge como uma competência crescentemente esperada pelas organizações, tanto no exterior (Bustreo et al, 2018) como no Brasil (Paiva et al, 2017).…”

“…Em termos das habilidades, os respondentes indicaram que o "atendimento ao novo consumidor" seguirá como ponto-chave no mercado hoteleiro, a partir da detecção das expectativas e necessidades dos hóspedes (Gondim, 2008;Santos & Santos, 2018). Salienta-se haver uma tendência crescente de que os relacionamentos com os consumidores se deem via mídias digitais/sociais (Sarquis et al, 2015), algo impulsionado pela pandemia atual (Bouças da Silva et al, 2021).…”

“…Salienta-se haver uma tendência crescente de que os relacionamentos com os consumidores se deem via mídias digitais/sociais (Sarquis et al, 2015), algo impulsionado pela pandemia atual (Bouças da Silva et al, 2021). Para tanto, cada vez mais, as competências identificadas em estudos anteriores e que se relacionam à "utilização de novas tecnologias" (Leal, 2004;Santos & Santos, 2018), far-se-ão indispensáveis ao contexto presente e futuro do setor hoteleiro. mas se não for através deles, talvez a gente não consiga vender".…”

“…Saraiva e Anjos (2019) apontaram carências de desenvolvimento de competências cognitivas e de habilidades, e enfatizaram a necessidade de competências de liderança, mediação e interpretação em profissionais que atuam no âmbito das agências, mormente, guias de turismo. Outro gap de competências trata da carência de conhecimentos em turismo, dificuldades de comunicação, falta de iniciativa, de conhecimento em informática e de técnicas de vendas, além da indisposição para aprender (Santos & Santos, 2018).…”

“…O Turismo e a Hotelaria podem ser vistos como setores fundamentais para a prestação de serviços de excelência, em que a evolução tecnológica e dos novos padrões de consumo conduzem os viajantes a buscarem experiências únicas e com serviços diferenciados (Hsin-Lu, Yen-Chun, Dai-Yu, & Sou-Chein, 2018). Como em um círculo virtuoso, profissionais devem se qualificar para atender às exigências das organizações que, em contrapartida, precisam atender às expectativas dos seus clientes, a fim de assegurarem a sua competitividade (Gondim, 2008;Santos & Santos, 2018). Esta preocupação se acentua, sobretudo no cenário atual da pandemia da COVID-19, em que os viajantes demandam, de forma crescente, qualidade e inovação dos serviços, em consonância às medidas sanitárias exigidas (Bouças da Silva, Miranda & Hoffmann, 2021).…”