“…Para Mol, é dessa dinâmica que "surge" a categoria aterosclerose. Dito de outro modo, para a autora é o conjunto de relações entre sujeitos e objetos da prática que configura a doença como tal, sendo, portanto, ela mesma a multiplicidade de aberturas que possibilitam as atribuições de sentidos, análises e configurações(RANGEL, 2010).Tomando por base os principais pressupostos e conceitos propostos porMol, destacamos as seguintes proposições de Moraes e Arendt(2013), que consideramos capitais para a argumentação que fazemos nesta pesquisa: a) Mol convoca as pesquisas em ciências sociais a darem uma guinada para a prática, isto é, propõe que elas se dediquem a investigar as práticas cotidianas. Nos casos em que se dedica a pesquisar as práticas cotidianas de viver com diabetes, com aterosclerose na perna, com anemia, entre outras doenças, a autora está em interlocução com outros autores, entre os quais o próprio Latour; 28 do poder é (...) fundamentalmente, da ordem da normalização dos indivíduos e populações (...).…”