Este artigo tem, como intuito, despertar um olhar sensível e reflexivo sobre os efeitos da pandemia e da pós-pandemia no grupo social da pequena infância e suas implicações para o campo pedagógico da educação infantil. A partir de autoras e autores dos Estudos da Criança, da Educação Infantil e da Filosofia, são discutidos alguns dos impactos da crise pandêmica na educação e na vida das crianças pequenas brasileiras, evidenciando um dos efeitos potencializados pela pandemia: o emparedamento das crianças, desde bebês. Nos últimos anos, a grande permanência de tempo que as meninas e os meninos passam nos espaços fechados, isto é, emparedadas e emparedados, sem contato com a natureza, já vem sendo problematizada. Retoma-se essa discussão à luz da conjuntura atual, analisando suas implicações para o retorno presencial das crianças e dos bebês às escolas infantis. Diante da necessidade de repensar as práticas educativas, são levantadas algumas contribuições para um retorno às escolas infantis, o qual seja pautado pelo cuidado com as crianças de todas as idades e suas famílias, com as/os profissionais das escolas e com o planeta do qual fazemos parte.