Coeficiente De Digestibilidade Aparente De Alimentos Utilizados Em Dietas De Tambaqui

Abstract

A qualidade da dieta pode ser avaliada quantificando a habilidade dos peixes para digerir os alimentos. Portanto, este estudo teve como objetivo determinar os coeficientes de digestibilidade aparente (CDA) para proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE) e energia bruta (EB) de nove ingredientes proteicos e sete ingredientes energéticos mais comumente usados em dietas comerciais para tambaqui. No total, 510 juvenis de tambaqui foram alimentados com dietas-teste contendo uma dieta de referência suplementada com um marcador de digestibilidade inerte (Cr2O3). As análises de digestibilidade mostraram que o glúten de milho apresentou o CDAPB(98,09%) e CDAEB (96,91%) mais alto, enquanto que a levedura de álcool apresentou o menor CDAPB (63,17%) e CDAEB (46,24%). Os ingredientes proteicos foram revelados como excelentes fontes de lipídios (CDAEE > 85,0%), com exceção do glúten de trigo (CDAEE: 63,73%). O milho (94,5%) e o farelo de trigo (86,08%) apresentaram o CDAPB mais alto de todos os ingredientes energéticos. Não foram observadas diferenças significativas no CDAEE dos ingredientes energéticos testados. Dos ingredientes energéticos testados, o óleo de milho (95,7%), óleo de peixe (93,61%), o óleo de soja (93,31%) e o milho (88,70%) apresentaram o CDAEB mais alto. O uso de ingredientes proteicos e energéticos com altos coeficientes de digestibilidade, como os relatados, pode orientar a formulação de dietas de alta qualidade para tambaqui.

Apparent digestibility in marine mutton snapper juveniles and digestive activity of enzymes

“…As expected, the gross energy had the highest direct effect on energy digestibility. In the literature, the gross energy values were well above those observed for soybean meal for Silver mojarra (Diapterur rhombeus), Tambaqui (Colossoma macropomum), Black salmon (Rachycentrun cabadum), and Seabass (Centropomus parallelus), 65.23%, 76.82%, 77.90% and 82.66%, respectively (Barroso, et al 2002;Zhou, et al 2004;Magalhaes Jr., et al 2016;Buzzolo, et al, 2018).…”

Aspectos Econômico Da Piscicultura Na Amazônia Brasileira

“…O tambaqui é um peixe com adaptações morfológicas que propiciam o hábito alimentar onívoro. Quando na natureza, se alimenta de frutos e sementes durante a enchente e cheia dos rios e, nos períodos da vazante e seca, consome quantidade maior de zooplâncton (Rodrigues et al, 2014;Buzollo et al, 2018). Na fase inicial da vida o tambaqui se alimenta através de estruturas filtrantes localizadas em suas brânquias, que se tornam canais de entrada para a proteína proveniente de pequenos organismos animais (Araújo-Lima e Gomes, 2005).…”

“…Esta influência não foi observada por Lima et al (2016) para tambaquis com peso inicial de 0,35 ± 0,09 g nos níveis testados (20,24,28,32, 36 e 40 % de proteína bruta) e por tambaquis com peso inicial entre 2 e 20g (30, 35, 40 e 45 % de proteína bruta). No entanto, Buzollo et al (2018) registraram aumento do consumo diário da dieta, ganho de peso e taxa de crescimento específico, além de favorecimento da hipertrofia muscular, para tambaquis com peso inicial de 6,53 ± 0,43 g sob 29 % de proteína (Tabela 4). Para tambaquis com peso inicial de 36,91 a 37,15g e peso final de 196,41 a 240, 97 g, Vidal et al (1998) concluíram que a relação da eficiência proteica reduziu com aumento da proteína dietética nos níveis testados (18,21,24,27, 30% de proteína na dieta).…”

A Ostreicultura Enquanto Alternativa De Renda Para Populações Tradicionais Do Litoral Amazônico: O Caso Da Agromar

“…Esta influência não foi observada por Lima et al (2016) para tambaquis com peso inicial de 0,35 ± 0,09 g nos níveis testados (20,24,28,32, 36 e 40 % de proteína bruta) e por tambaquis com peso inicial entre 2 e 20g (30, 35, 40 e 45 % de proteína bruta). No entanto, Buzollo et al (2018) registraram aumento do consumo diário da dieta, ganho de peso e taxa de crescimento específico, além de favorecimento da hipertrofia muscular, para tambaquis com peso inicial de 6,53 ± 0,43 g sob 29 % de proteína (Tabela 4). Para tambaquis com peso inicial de 36,91 a 37,15g e peso final de 196,41 a 240, 97 g, Vidal et al (1998) concluíram que a relação da eficiência proteica reduziu com aumento da proteína dietética nos níveis testados (18, 21, 24, 27, 30% de proteína na dieta).…”