As Doenças Cardiovasculares (DCVs) são as principais causas de morbimortalidade e o tratamento muitas vezes são intervenções cirúrgicas. Para prevenir ou reabilitar, é preciso de mudança nas atividades diárias e seus hábitos. Objetivos: identificar o perfil, principais cirurgias e analisar as atividades diárias e laborais dos pacientes antes e após cirurgia. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo, transversal. Foi realizada no Hospital de Clínicas de Uberlândia (HCU) e a população alvo foram pacientes que se submeteram a qualquer tipo de cirurgia cardíaca no ano de 2016. Resultados: Analisados 46 prontuários, observou à prevalência do sexo masculino (76%) e a idade média foi 62 anos. Dentre eles prevaleceu Hipertensão Arterial Sistêmica, dislipidemia e diabetes como comorbidades. Das cirurgias cardíacas (67%) foram de revascularização do miocárdio. Observamos que muitos dos hábitos de vida mudaram após o procedimento cirúrgico, mas uma parcela expressiva de paciente não muda seus hábitos de vida que estão diretamente associados às comorbidades. E muitos desses hábitos estão associados à piora dos resultados dos procedimentos e da condição de vida. Hábitos como fumar, beber e se alimentar inadequadamente permanecem mesmo após um procedimento invasivo e de risco. Sendo que se mostra essencial entender o porquê dessa ausência de mudanças em alguns dos pacientes e como o atendimento multiprofissional pode auxiliar nesse processo.