Cinema, Erer E Infância: Roteiro De Uma Produção Subjetiva

Abstract

Nesta comunicação, apresentam-se alguns resultados verificados na formação intitulada “Cinema, ERER e Infância”, realizada pela Associação de Educadories Negres de Santa Catarina, uma instituição destinada a professoras/es negras/os e não negras/os interessadas/os em dialogar sobre a Educação para a Relação Étnico-Racial (ERER) e atuar na luta antirracista, no combate ao preconceito e à discriminação racial. A formação vem acontecendo em parceria com as secretarias municipais de educação de São José e Araranguá (Florianópolis, Camboriú). Em 2021, a Associação realizou o “ciclo formativo: cinema negro, infância e ERER” com as secretarias de educação dos municípios de São José, Florianópolis e Palhoça. A avaliação positiva desses encontros resultou em uma formação de 20 horas, no ano de 2022. Com essa formação, pretende-se abordar e problematizar ERER, em diálogo com obras cinematográficas, no formato de curta-metragem e animações, que protagonizem a presença de negras/os em suas narrativas. Assim, os objetivos são: levar o Cinema Negro a professoras/es de Educação Infantil e Ensino Fundamental 1, dos municípios catarinenses de São José, Araranguá e Camboriú; discutir questões étnico-raciais a partir de recursos audiovisuais; proporcionar diálogo e debate que auxiliem na reflexão sobre protagonismo negro; e registrar a experiência estética das crianças com os audiovisuais. A formação se pauta na Lei nº 10.639, de 10 de janeiro de 2003, e suas diretrizes, e dialoga com Noguera e Alves (2019), Azevedo e Silva (2014), e Gomes (2012). No desenvolvimento desta formação, os cursistas foram convidados a escolher um filme, apresentá-lo às crianças e fazer um relatório, destacando local e organização dos tempos e espaço, algumas reações da criança/adolescente durante a exibição, trechos que mais chamaram a atenção das crianças/adolescentes. Ao analisar o processo da formação “Cinema, ERER e infância”, é possível dizer que, como ferramenta na implementação da Lei nº 10.639, de 10 de janeiro de 2003, no espaço escolar, os filmes com personagens negras são de grande auxílio na elaboração de um debate contra o racismo.