(2)Resumo -O presente trabalho objetivou avaliar as características anatômicas e físico-químicas de pêssegos (Prunus persica (L.) Batsch) 'Aurora-1' e 'Dourado-2', armazenados em diferentes temperaturas e períodos. No primeiro experimento, os frutos foram armazenados a 0, 3 e 6ºC por 14, 21, 28 e 35 dias (mais dois dias de simulação à comercialização, sob 25ºC). No segundo experimento, os frutos foram armazenados a 0 e 3ºC por 7, 14, 21, 28 e 35 dias (mais dois dias de simulação à comercialização, sob 25ºC). O delineamento experimental empregado foi inteiramente ao acaso, em esquema fatorial, com quatro repetições em parcelas de seis frutos. Pêssegos 'Dourado-2', após sete dias de armazenamento a 3ºC ou 14 dias de armazenamento a 0ºC, apresentaram lanosidade caracterizada pela queda brusca na firmeza e pouca sucosidade. Os sintomas no mesocarpo foram caracterizados pelo afastamento das paredes de células adjacentes e acúmulo de substâncias pécticas no interior das células e dos espaços intercelulares. Pêssegos 'Aurora-1' sofreram redução na firmeza sem comprometer a qualidade dos frutos, podendo ser conservados por até 35 dias a 0 e 3ºC; mesmo aos 35 dias de armazenamento, o mesocarpo não apresentou alterações típicas da lanosidade. Aos 35 dias de armazenamento a 6ºC, os frutos de ambas cultivares estavam sobremaduros.Termos para indexação: Prunus persica, propriedade físico-química, anatomia vegetal, conservação de alimento, distúrbio fisiológico, lanosidade.
Anatomical and physico-chemical alterations associated with cold storage of 'Aurora-1' and 'Dourado-2' peachesAbstract -The objective of the present study was to evaluate the anatomical and physico-chemical characteristics of 'Aurora-1' and 'Dourado-2' peaches (Prunus persica (L.) Batsch) stored at different temperatures and periods. In the first experiment, fruits were stored at 0, 3 and 6ºC for 14, 21, 28 and 35 days (more two days of simulated commercialization period at 25ºC). In the second experiment, fruits were stored at 0 and 3ºC for 7, 14, 21, 28 and 35 days (more two days at 25ºC of simulated commercialization period). The experiment was a factorial with a completely randomized design with four replicates with six fruit parcels. 'Dourado-2' peaches after seven days of storage at 3ºC or 14 days of storage at 0ºC showed woolliness characterized by a sharp decrease in firmness and low juice content. The mesocarp symptoms were characterized by a separation of cell walls, pectin accumulation into the cells and intercellular spaces. 'Aurora-1' peaches lost firmness without compromising fruit quality; they could be conserved for up to 35 days at 0 or 3ºC; even at 35 days of storage, mesocarp did not present typical alterations of woolliness. At 35 days of storage at 6ºC, the fruits of both cultivars were overripe.