“…Destaca-se também a contribuição relativa de 29,26% na taxa global de cesárea, deste grupo, taxa significativamente alarmante; apesar da classificação de Robson não trazer de forma detalhada sobre as indicações de cesariana, depreende-se que este valor expresse a realização de cesárea sem indicações clínica assim como a realização de cesariana eletiva ( Apesar de doenças hipertensivas, diabetes gestacional, placenta prévia e infecções intraamniótica serem pontuadas como causa de realização de cesariana frente a prematuridade, a cesárea recorrente também é considerada um fator preditor a ela. Um estudo randomizado concluiu que desfechos negativos como necessidade de transfusão sanguínea e internação prolongada foram maiores em mulheres submetidas a cesariana em partos prematuros, indicando riscos altos a esta população, nem sempre sendo a melhor alternativa em trabalho de parto prematura, devendo ocorrer avaliação minuciosa e critica de sua indicação (TITA RAMOS GGF, et al, 2022;BOLOGNANI C, et al, 2018). Entre as limitações deste estudo tem-se que por utilizar base secundária para coleta de dados, estas são passíveis de erros de preenchimento e de falta de informações de variáveis estudadas, porém mesmo com estas limitações este estudo permitiu identificar a importância do conhecimento da classificação de Robson, assim como a necessidade de adotar maior criticidade nas condutas de enfermagem, de forma especial na identificação dos grupos que necessitam de maior atenção, devido suas altas contribuições para a taxa de cesárea, por parte das equipes de saúde, não só dos centros obstétricos (CO), como também dos centros cirúrgicos (CC) visto que grande parte das cesáreas do DF são abordadas dentro dos blocos cirúrgicos como forma de aperfeiçoar as práticas do cuidado à saúde materno-infantil e também contribuir de forma positiva na proteção deste binômio adotando protocolos de segurança mais rígidos.…”