Centros de pesquisa em turismo no MERCOSUL: distribuição, ênfases e possíveis interações como fator de desenvolvimento

Abstract

O objetivo deste paper é apresentar um panorama da presença e das interações existentes entre Centros de Pesquisa em Turismo (CPT) entre os países do Mercosul, como pré-requisito de inovações no campo do turismo. Foi utilizado um método quantitativo e qualitativo de análise. Como resultado, verificou-se uma distribuição assimétrica dos CPTs entre os países, com ênfase inespecífica e sem relação uns com os outros. Neste contexto, o estágio de institucionalização da produção de conhecimento em turismo, como condição prévia para o seu desenvolvimento, ainda é incipiente.

Análise cienciométrica da produção científica sobre turismo alternativo nas Américas entre 1973 a 2017

“…Primeiro, esse país abriga centros de pesquisas e grandes Universidades (Texas A&M University, University of Florida, Arizona State University, University of Illinois, Purdue University e Cornell University) difusoras de conhecimento, que mantém redes de colaboração para realização de estudos sobre o turismo (Güzeller & Çeliker, 2018;Zhang et al, 2015). O segundo diz respeito à demanda turística deste país, por ser um dos principais emissores de turistas do mundo (87,7 milhões em 2017) e, ao mesmo tempo, responde pela alta demanda de fluxo de turistas internos, e o terceiro fator está relacionado com o alto preparo receptivo de turistas internacionais, sendo 77 milhões de visitantes internacionais somente em 2017 (Pimentel, Carvalho & Oliveira, 2018).…”

“…No caso do Brasil, segundo país estudado com o maior número de publicações, existem cerca de 57 Centros de Pesquisa em instituições de ensino especializadas em estudos com turismo (Pimentel et al, 2018) e a demanda internacional do Brasil, no ano de 2018, atingiu o seu maior registro de chegadas (1,035 milhões de turistas) (Ministério do Turismo do Governo Federal do Brasil, 2018a). Muitos governos, incluindo o Brasil, reconhecem o papel importante do turismo no desenvolvimento da economia nacional devido ao impacto positivo que o turismo pode ter na geração de empregos e receita tributária (Mariutti, Giraldi & Crescitelli, 2013).…”

Knowledge Production Systems in Tourism in Higher Education Institutions: Proposing A Performance Assessment Protocol Based on A Brazilian Experience

“…However, currently, there is a pulverization of scientific production so that it is difficult to articulate and identify within the network of knowledge production. In the investigation on the mapping of tourism research centers in Mercosur, Pimentel, Carvalho, and Oliveira (2018) show that the emphases of studies of these centers are also diverse, which hinders the same line of study among them. These few centers found also have few relationships with each other.…”

“…It is seen in the diverse subsystems and processes, that, somehow, is related to tourism knowledge. The literature on tourism is plenty of examples: since the analysis of the structure of the production system itself (Pimentel, , 2018Pimentel et al 2017Pimentel et al , 2018, passing through the analysis the educational process (Tribe, 2008;Airey, 2008), in which the knowledge produced is packing theoretically in order to sum a large number of empirical situations, and then taught to the new students (who will be socialized and get a broader volume of knowledge in a faster and efficient way); until to analysis of the knowledge transference in a larger wave (Santos, 2006) 2 , from the knowledge production system to society, in general, for ordinary purposes or even (in public or private) decision-makers 3 (Diaz, 2016; Díaz & Pimentel, 2019).…”

O Processo de Institucionalização das Estruturas Formais de Investigação em Turismo (EFIT) no Brasil

“…Estudos na área do turismo com base nos pressupostos da teoria institucional ainda são recentes e incipientes (Song, Dwyer, Li & Cao, 2012;Lavandoski, Albino Silva & Vargas-Sánchez, 2014;Pimentel, 2014aPimentel, , 2014bCarvalho, 2015;Cintra, Amâncio-Vieira & Costa, 2016;Falaster, Zanin & Guerrazzi, 2017;Endres & Matias, 2018), sendo ainda mais escassos quando se especifica o tipo de vertente da teoria institucional, por exemplo, o institucionalismo histórico (Endres & Matias, 2018;Estol, Camilleri & Font, 2018;Falaster, Zanin & Guerrazzi, 2017;Carvalho, 2015) e, sobretudo, quando aplicado ao tema da pesquisa em turismo (Falaster, Zanin & Guerrazzi, 2017;Pimentel, 2016b;Pimentel, Carvalho & Bifano-Oliveira, 2017;Pimentel, Carvalho & Oliveira, 2018). Além disso, parte considerável desta já escassa literatura dedica-se a produzir estudos de revisão teórica, o que sugere o potencial ineditismo deste trabalho, cujo dialogo com a literatura supramencionada fornece evidências empíricas, de corte longitudinal.…”