“…Os autores do enredo retomam a profecia do líder negro e, ao fazer um paralelo com Ganga Zumba, o mito heroico do famoso Quilombo de Palmares, a quem Joãozinho interpretou no carnaval, reverenciam o pai de santo como inquestionável aguerrida liderança 13 . Ele seria expoente da consciência quilombola, pois mobilizaria a afirmação da cultura popular como arte de combate diante da sobrevivência ao colonialismo, entendendo--se este como violência e desrespeito impostos por forças vinculadas à exploração socioeconômica e apagamento simbólico dos grupos não-brancos, do ponto de vista etnicorracial (RUFINO, 2020). A mensagem final era afirmativa, ou seja, Joãozinho é exemplo a ser seguido por ter se indisposto contra as modalidades de opressão dirigidas a tantos matizes de crenças e modos ser e viver, os quais sempre acolheu no seu terreiro (BORA, PORTO, NATAL, 2020, p. 224-252).…”