2021
DOI: 10.12957/periferia.2020.55179
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Casa De Caboclo: Feitiço De Brasilidade

Abstract: O texto tem como alinhave a problematização do acontecimento colonial como produtor de violências nas dimensões do ser e saber. Dessa maneira, invoco o caráter duplo de João Alves Torres Filho (Joãozinho da Goméia) em intersecção com o Caboclo da Pedra Preta para discorrer sobre inscrições éticas/estéticas/político/poéticas que contrariam os investimentos de morte produzidos pelo empreendimento colonial. Em um segundo momento abordo a noção de casa de caboclo como disponibilidade conceitual para pensar a ambiv… Show more

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“…Os autores do enredo retomam a profecia do líder negro e, ao fazer um paralelo com Ganga Zumba, o mito heroico do famoso Quilombo de Palmares, a quem Joãozinho interpretou no carnaval, reverenciam o pai de santo como inquestionável aguerrida liderança 13 . Ele seria expoente da consciência quilombola, pois mobilizaria a afirmação da cultura popular como arte de combate diante da sobrevivência ao colonialismo, entendendo--se este como violência e desrespeito impostos por forças vinculadas à exploração socioeconômica e apagamento simbólico dos grupos não-brancos, do ponto de vista etnicorracial (RUFINO, 2020). A mensagem final era afirmativa, ou seja, Joãozinho é exemplo a ser seguido por ter se indisposto contra as modalidades de opressão dirigidas a tantos matizes de crenças e modos ser e viver, os quais sempre acolheu no seu terreiro (BORA, PORTO, NATAL, 2020, p. 224-252).…”
Section: Edson Farias E Moacir Carvalhounclassified
“…Os autores do enredo retomam a profecia do líder negro e, ao fazer um paralelo com Ganga Zumba, o mito heroico do famoso Quilombo de Palmares, a quem Joãozinho interpretou no carnaval, reverenciam o pai de santo como inquestionável aguerrida liderança 13 . Ele seria expoente da consciência quilombola, pois mobilizaria a afirmação da cultura popular como arte de combate diante da sobrevivência ao colonialismo, entendendo--se este como violência e desrespeito impostos por forças vinculadas à exploração socioeconômica e apagamento simbólico dos grupos não-brancos, do ponto de vista etnicorracial (RUFINO, 2020). A mensagem final era afirmativa, ou seja, Joãozinho é exemplo a ser seguido por ter se indisposto contra as modalidades de opressão dirigidas a tantos matizes de crenças e modos ser e viver, os quais sempre acolheu no seu terreiro (BORA, PORTO, NATAL, 2020, p. 224-252).…”
Section: Edson Farias E Moacir Carvalhounclassified