“…Diante da especificidade protocolar da carta, cuja forma deveria respeitar o estatuto do remetente e do destinatário, assim como a disposição adequada das letras e linhas no espaço em branco do papel, tornou-se necessária a elaboração de manuais que auxiliassem na redação das epístolas. Segundo Socorro de Fátima Pacífico Barbosa (2011), o primeiro exemplar de um manual voltado para a epistolografia em Portugal data de 1619, com a publicação de Corte na Aldeia 1 de Francisco Rodrigues Lobo. Pouco mais de um século depois, em 1745, a publicação de O secretário português, 2 de Francisco José Freire (1823), também conhecido por Cândido Lusitano, fez com que a prática de escrever epístolas fosse não somente difundida em Portugal, como também no Brasil (Araújo, 2005).…”