Carregado em saia de encantado: transformação e pessoa no terecô de Codó (Maranhão, Brasil)

Ahlert, Martina

doi:10.4000/etnografica.4276

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“…The compositions that mark the configuration of the tendas and the entities' definition are part of how terecô is performed in Codó. They are also part of the discussion raised by other research papers written after Ferretti's work (2001), such as Ahlert (2013Ahlert ( , 2016Ahlert ( , 2021, Alcantara (2015Alcantara ( , 2020, Ribeiro (2015), Cantanhede Filho (2020, Freire (2018Freire ( , 2022, Lima (2019), Lamy (2016), Almada (2023), Zalis, Lima and Ahlert (2023), Cruz (2018), andPereira (2019). The intersections between tambor de mina, umbanda, candomblé, and terecô are specific to each house (tenda or quarto de santo) and demonstrate the complexity of the terecozeiros' experiences (and, equally, to the fragility of the categories for classifying these experiences that we researchers have drawn up).…”

Section: The Terecô Of Codó and Studies Of Afro-brazilian Religionsmentioning

confidence: 79%

Léguas’ dwelling, land of enchantment: Religion and the city in Codó (Maranhão)

Ahlert,

Lima,

Zalis

2024

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Based on ethnographic research carried out in Codó, in the interior of Maranhão, this article seeks to answer how religious entities relate to the city. To achieve this goal, the field of Afro-Brazilian religion studies in the state is first contextualized, particularly regarding terecô, the religion covered in the article. This is followed by a look at aspects of cosmology and ritual that draw attention to the relationship between terecô, the enchanted spirits of Légua Boji Buá’s family, Codó and its woodlands. This is how the idea of a land of enchantment is elaborated. To move on to the final part of the text, the emic category “dwelling” is used to explore the constitution of land, earth, and houses based on the practices of people and entities. It suggests folds, dimensions, and layers mobilized by those who look at the city from the perspective of religion. As the argument unfolds, we conclude that thinking cartographically and administratively about the place is not enough: to think about the city and the terecô, we need to understand that Codó is a place of thought.

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Section: The Terecô Of Codó and Studies Of Afro-brazilian Religionsmentioning

confidence: 79%

Léguas’ dwelling, land of enchantment: Religion and the city in Codó (Maranhão)

Ahlert,

Lima,

Zalis

2024

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“…Um terecozeiro (também chamado de "brincante"), costumeiramente, sente o sinal dos encantados (a "mediunidade") ainda criança, sob a forma de aflições diversas, narradas como confusão mental, descontrole do corpo, doenças e loucura. A partir de então, uma relação não linear passa a ser estabelecida e lentamente construída entre a pessoa e as entidades (Ahlert 2013(Ahlert , 2016. Um brincante recebe diversos encantados e alguns deles têm presença breve e descontínua, pois estão apenas "de passagem" pelo seu corpo.…”

Section: Quatro Tramasunclassified

“A família de Légua está toda na eira”: tramas entre pessoas e encantados

Ahlert¹,

Lima²

2019

etnografica

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A parteira que "pegou" Pedro em seu nascimento foi Chica Baiana, incorporada em seu avô materno. O casamento de Dona Regina foi previsto por Coli Maneiro ainda em sua gestação, durante um festejo. O filho de Luiza negociou com Duardo Légua o fim do consumo de bebidas alcoólicas quando este "descia". Dona Vanda "recebeu" Seu Zé Porteira de sua mãe, quando ela faleceu e deixou de chefiar a tenda de terecô do povoado onde viviam. Como essas, são diversas as situações nas quais pessoas (como Pedro, Regina, Luiza e Vanda) acionam encantados (como Chica Baiana, Coli Maneiro, Duardo Légua e Zé da Porteira) para falar sobre quem elas são, para contar sobre suas famílias, para explicar suas trajetórias. Essas situações nos foram descritas em uma pesquisa etnográfica em Codó, durante os últimos oito anos. 1 Codó é um município de cerca de 120.000 habitantes, localizado na região leste do estado do Maranhão, no nordeste do Brasil. A cidade recebeu certa notoriedade, entre outros motivos, pela presença de pais e mães-de-santo e pela quantidade de tendas (como são chamados os espaços onde são realizados os rituais) de religiões afro-brasileiras no local. 2 O terecô é a religião tradicional da cidade, mas se estima que a umbanda tenha chegado na década de 1930 e o candomblé durante os anos 80. No terecô, ou tambor da mata, as pessoas recebem, em seus corpos, seres conhecidos como encantados. Os encantados não são percebidos como deidades, pois foram pessoas e, mesmo na condição de entidades, têm comportamentos próximos aos humanos. Eles, entretanto, não passaram pela experiência de morte (Ferretti 2000). Além de serem recebidos pelas pessoas que os corporificam, podem ser vistos como "espíritos", sentidos em sonhos ou percebidos em objetos que lhes pertencem. Com a presença da umbanda e do candomblé na cidade, os encantados se encontram, nas tendas, com diversas outras entidades. As pessoas, entretanto, sabem precisar os nomes e as famílias dos encantados considerados do terecô-ainda que as fronteiras entre as religiões não sejam definidas de forma unânime. 3

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Carregado em saia de encantado: transformação e pessoa no terecô de Codó (Maranhão, Brasil)

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Léguas’ dwelling, land of enchantment: Religion and the city in Codó (Maranhão)

Léguas’ dwelling, land of enchantment: Religion and the city in Codó (Maranhão)

“A família de Légua está toda na eira”: tramas entre pessoas e encantados

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