O presente texto reflete sobre o racismo recreativo, tendo em vista a prática da blackface, a partir de um modelo analítico-interpretativo de três textos jornalísticos, presentes na Hemeroteca Digital Brasileira, que noticiaram um quadro teatral intitulado de “Macumba do Morro” no ano de 1931, na cidade do Rio de Janeiro. Utilizamos, para sustentar nossas considerações e análise, a obra de Adilson Moreira Racismo Recreativo, de modo a questionar algumas consequências do projeto colonial, em especial como a dinâmica da branquitude, impôs a manutenção de privilégios e a restrição de acessos, gerando exclusão, ausências e desigualdades, sem deixar de apontar as manifestações culturais como prática de resistência ao projeto colonial.