“…[...] Pouco tempo depois, numa noite memorável, socialites, dondocas, senhoras de gosto supostamente refinado se esbaldaram, no Canecão, no Rio, ao som do batidão do funk; glamourosas e desinibidas, latiram, pularam, fizeram trenzinho e muito mais; na saída do "baile", embora sorridentes, algumas acusavam dores generalizadas nas juntas e articulações. (FREIRE FILHO;HERSCHMANN, 2006, p. 64) Além destas mulheres pertencentes a outras classes sociais, notava-se nos eventos de Funk a presença de mulheres pertencentes aos grupos religiosos ou mulheres ditas "mais esclarecidas" (acadêmicas, profissionais liberais), mesmo estas canções evocando " […] discursos muitas vezes contraditórios a outras práticas socialmente constituídas que envolvem a relação entre os gêneros, principalmente a práticas que evocam a sexualidade de homens e mulheres." (AMORIM, 2009, p. 171).…”