“…Os benefícios do desenvolvimento, tanto no Brasil como em outros países, são distribuídos de modo desigual à população, atingindo em geral, as áreas urbanas antes que as rurais, onde é maior a dificuldade em atender as necessidades de saúde da população. 14 Neste estudo, 38% da amostra estava livre de cárie, dado superior ao encontrado por Mereilles et al, ¹¹ em escolares de 6 e 12 anos, no município de Cordeirópolis-SP, por Rigo et al, 5 em escolares de 12 anos, em municípios do norte do Rio Grande do Sul, com e sem fluoretação das águas, superior ao valor encontrado por Menezes et al, 16 na zona rural de Caruaru-PE e ainda por Abreu et al 9 em escolares do meio rural de Itaúna-MG. Este dado foi menor do que o encontrado por Amaral et al, 17 em seus estudos com escolares do município de Rafard-SP. A redução dos índices de cárie no Brasil foi simultânea a uma crescente desigualdade na distribuição da doença, com níveis mais elevados, afetando as áreas mais submetidas à privação socioeconômica, caracterizando a polarização da doença que consiste na concentração da maior parte da cárie ou das necessidades de tratamento odontológico em uma pequena parcela da população.…”