“…Apesar de haver algumas iniciativas de parlamentares em formular projetos de lei que visem ao reconhecimento dos direitos LGBT+, há forte oposição no Legislativo Federal por parte de divisões conservadoras ligadas às religiões cristãs, que são bastante organizadas e coordenadas, especialmente a Frente Parlamentar Evangélica. Essas representações têm um discurso de defesa da família heterossexual-monogâmica (tradicional) e da liberdade de expressão, com o intuito de fundamentar os discursos que discriminam aqueles que não seguem os mesmos valores (CARDINALI, 2017). Na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, esse viés conservador é dominante e, além de rejeitar os projetos que visam a garantir direitos aos cidadãos LGBT+, empenha-se para impossibilitar a garantia desses direitos por meio dos outros poderes (PEDRA, 2018b).…”