Caracterização morfológica, perfil químico, atividade biológica e conservação in situ do gênero Lychnophora Mart. (Asteraceae: Vernonieae: Lychnophorinae), Brasil

Abstract

Muitas pessoas que habitam as regiões do cerrado utilizam espécies vegetais para fins terapêuticos. No entanto, devido ao intenso extrativismo de algumas espécies, populações botânicas nativas correm o risco de desaparecer ou sofrer drástica redução, como exemplo, indivíduos do gênero Lychnophora. Este contém 24 espécies distribuídas nas categorias vulnerável, em perigo, criticamente em perigo e provavelmente extintas. Esses indivíduos são conhecidos na medicina popular como "arnica" e suas folhas e flores são utilizadas, comumente, como anti-inflamatórios, analgésicos e cicatrizantes. O perfil químico do gênero é caracterizado pela presença de lactonas sesquiterpênicas, sesquiterpenos, diterpenos, triterpenos, flavonoides, esteroides, poliacetilenos e derivados de cariofileno, contendo, também, lignanas com atividade analgésica. Estudos com espécies de Lychnophora mostraram resultados significativos quanto às suas atividades biológicas contra Leishmania amazonensis, Staphylococcus aureus e Tripanosoma cruzi. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento da morfologia, composição química e atividade biológica, bem como o uso e estado atual de conservação do gênero Lychnophora no Brasil.

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“…O gênero Lychnophora pertence à família Asteraceae, é representado por espécies conhecidas popularmente como arnicas, que são abundantes nos campos rupestres, possuem características medicinais e são endêmicas no Brasil (Gobbo-Neto et al 2017;Vieira et al 2019). As espécies do gênero possuem capacidade de adaptar-se a diferentes ambientes, além de possuírem, como principais características, a inflorescência do tipo capítulo e fruto cipsela (Silva et al 2013), sendo cipselas definidas como frutos complexos, secos, indeiscentes, uniloculares, com uma única semente não aderida ao pericarpo e originários de um ovário inferior (Marzinek et al 2008).…”