A dependência de substâncias psicoativas é uma doença crônica que altera aspectos físicos, mentais, emocionais e sociais. O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil dos institucionalizados em uma Comunidade Terapêutica através de uma pesquisa quantitativa, descritiva e transversal (n=26) por meio de um questionário de dados sociodemográficos, antecedentes pessoais, familiares e Classificação Internacional de Doenças-10, cujos resultados foram analisados por médias e frequências absolutas e relativas. O perfil analisado é 65,4% pardos, 80,8% católicos, 80,8% nascidos no interior, 46,2% com ensino fundamental incompleto, 73,1% solteiros, com 50% filhos, 73,1% autônomos, 53,9% com renda familiar de um a três salários mínimos, 92,3% sem benefício do INSS. Há caso de dependência química familiar, a maioria de álcool (26,7%), em 57,7% dos entrevistados, cuja droga de preferência é o mesmo, em conjunto com a maconha (34,6%), esta a droga de primeiro uso (46,1%). Há dependência química de múltiplas substâncias psicoativas (76,9%) e associação de maconha ao álcool, crack e cocaína (15%). A curiosidade motivou 46,1% dos casos. Dos 50% que apresentaram ideação suicida, 23,1% tentaram, 83,4% uma única vez e por enforcamento (57,1%). A fragilidade dos dependentes químicos traduz-se na exiguidade sociodemográfica e vulnerabilidade nos antecedentes. Os resultados contribuirão para estratetização do cuidado de acordo com o perfil dos institucionalizados.