Caracterí­sticas sociodemográficas das ví­timas de Infarto Agudo do Miocárdio no Brasil

Abstract

Objetivo: Descrever as características sociodemográficas das vítimas de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) no Brasil no ano de 2014. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, de natureza quantitativa, realizado a partir de dados sobre a mortalidade por IAM no ano de 2014, coletados do Sistema de Informação de Mortalidade do SUS (SIM/SUS). Resultados: Foi evidenciada a predominância de óbitos por IAM em indivíduos do sexo masculino, evoluindo conforme idade, expressando-se vigorosamente em indivíduos idosos, em especial com 80 anos ou mais, de cor branca e baixa escolaridade. Conclusão: É necessário investir em estudos e intervenções aos grupos vulneráveis, incluindo ações de promoção e prevenção à saúde, tornando mais acessível os serviços de saúde para que se estabeleçam medidas precoces.Palavras-chave: infarto do miocárdio, mortalidade, Brasil.

Risk factors for acute myocardial infarction evidenced in hospitalized patients in the coronary care unit / Fatores de risco para infarto agudo do miocárdio evidenciados em pacientes hospitalizados em unidade coronariana

“…10 Regarding the sociodemographic profile of the surveyed patients, most were male, Caucasian, married and did not have high schooling corroborating with other studies. [11][12][13] Among the risk factors, the most prevalent was systemic arterial hypertension (SAH), one of the best known risk factors for AMI, a factor also observed in other studies that report similar results. 13,14 Family history of AMI appeared as the second most prevalent risk factor in the sample, with 63 (50%) of the patients studied.…”

Tendência temporal de mortalidade por Infarto Agudo do Miocárdio em idosos no Sul do Brasil

“…O presente estudo não identificou diferenças na tendência temporal de mortalidade por IAM no período analisado em relação ao sexo e faixa etária por sexo, contrariando de certa forma a literatura existente. A mortalidade por IAM parece afetar de forma diferente (15). No Brasil, os instrumentos confiáveis disponíveis para coleta de informações são escassos, apesar da acessibilidade ao banco de dados do Sistema de Informação de Mortalidade do SUS que pode apresentar lacunas, além de não permitir associação entre exposição e desfecho em nível individual.…”

“…Na região Sul, 13.011 pessoas morreram devido ao IAM e o estado do Paraná apresentou as maiores taxas (relação de 7,1%). Nos três estados do Sul, o sexo masculino e os indivíduos acima de 80 anos foram os mais acometidos(15).Importante ressaltar que as taxas de mortalidade por coorte de nascimento e faixa etária em mulheres nascidas a partir da década de 1940 encontram-se progressivamente reduzidas nas regiões Sul e Sudeste. O perfil de risco de morte na região Sul oscilou ao longo das últimas décadas entre homens e mulheres, tendo aumentado entre 2000 e 2004 e reduzido no período seguinte(7), o que sugere provável consequência de melhorias das condições de vida, acesso aos serviços de saúde e avanços no tratamento às doenças cardiovasculares.…”

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“…O nível de escolaridade neste estudo foi do ensino fundamental ao médio. Ao analisar os dados presentes na literatura é possível observar que a predominância de indivíduos de baixa escolaridade associa-se ao menor entendimento do indivíduo na realização das ações de prevenção e reconhecimento imediato dos sinais e sintomas, com isto observa-se uma demora na procura de ajuda médica, sendo demonstrado que uma escolaridade maior representou uma busca precoce pelo serviço (SILVA et al, 2018;IBGE, 2014).…”

“…Porém, a literatura relata que as enfermidades relacionadas ao aparelho circulatório se apresentam como principais causas de morte em ambos os sexos (SILVA et al, 2018).…”